Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Aos amigos, petistas e simpatizantes


Aos companheiros de luta,

Começo agradecendo o ano de 2011, o capoeira descansa na ginga, obrigado a todos companheiros que participaram dos encontros de educação popular, encontros com Sinpro, paralisações, encontro com parlamentares, encontros de capoeira, e tantas outras atividades que participamos de corpo e alma.
Não sou liderança, mas tenho credibilidade com meus compan...heiros, em nome disso venho aqui explicitar que não apoio mais a DRE-Guará, não apoio as escolhas " técnicas" e com a maior transparência já comuniquei ao companheiro Zeca, sou profissional e continuarei me comportando assim. Desejo sucesso e paz, mas à educação não pode mais admitir equivocos.
Sou militante pela educação transformadora, acredito que ainda existe esquerda, a escola pública é a máquina de democracia, o neoliberalismo é mortal para escola pública, e quando precisarem de militância engajada com a educação para ir para rua panfletar, levar propostas, fazer reuniões chamem os amigos "técnicos".
Também desejo comunicar que através do concurso de remanejamento externo consegui remoção para a DRE-Bandeirante, continuarei mobilizando capoeiristas , educadores populares e conto com todos companheiros.

Professor Álisson Lopes

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mensagem do Mestre Claudio Danadinho

Alisson, jovem camaradinha:
          Agradeço a gentileza do seu pensamento, das palavras e da  homenagem a nós, hoje mestres. Ou, ao menos ditos assim.
Mas, efetivamente nosso tempo é que foi revolucionário, considerando o sentimento do povo.
          Reprimido, reagiu, e reagiu culturalmente: com o cinema novo, com a bossa nova e os afro-sambas; e de forma erudita com a  Nova Capital; reagiu com os significados identitários encontrados na cultura autêntica dos saberes populares. Entre outros, os dos velhos mestres da Capoeira, por excelência. Hoje, bem cultural registrado, desde os 1960 foi difundida pelo mundo de classe média para classe média.
         Na minha intuição ela já era difundida de porto para porto pelos marinheiros, viajantes  e emigrados desde o século 19 para formar estereótipos como o moringue e a ladja, acreditadas como formas análogas surgidas alhures.
         Mas voltando para os nossos dias, hoje, tudo está mais difícil e a maestria parece tornar-se academicista, egressa de academias sobre experiências endógenas e limitadas.
          Mais do que tudo, o nosso tempo foi fundamentalmente histórico;  significou em momento subseqüente, uma conquista de nova reserva de mercado para os filhos da classe média e da alta.
          O fundamento do discípulo que aprende e mestre que dá lição parece ter perdido a reflexão oportuna baseada na história, com o  seu sentido transcendental.
O que ocorreu em 1960 tratou-se de metafórica dádiva de classes: o dom do "cativo"/proletário/mestre entregue ao “senhor”/patrão/discípulo, notadamente as lições, aquelas  decorrentes da adversidade da ontologia, originada na luta pela liberdade e depois pela subsistência. Originada, portanto, na transcendência colonizador/escravo, senhor/servo dando vez à luta de classes, em sua formação tardia-moderna patrão/proletário.
         Assim, dos velhos mestres ainda vêm reflexos, ecos, a lembrar a Capoeira hoje: mais violenta e menos perigosa, diante do que os novos mestres deixaram de aprender e de intimamente criar mais,para inventar práticas sem fundamentos, tornando a mandinga uma arte marcial sem princípios nem fins.       
         A partir da sublimação da Caápuâera, consertada pelo berimbau, a mandinga evoluiu, ao raiar do século XX evoluindo bem até o início dos anos 1970, como prática de massa, tornando-se menos violenta  e  mais perigosa. Havia surgido a Capoeira, com o método dinâmico do instrumento mágico que comunica    cLº         os capoeiras com a transcendência das matas onde surgiu ´´”´`          com o seus fundamentos libertários.
       Parabenizo você por seus aprofundamentos no campo administrativo das políticas públicas e da Educação,que são as “rodas” de nossa Arte, espaços abertos ao jogo intelectual, sem limites temporais, como a Capoeira.
      Acho que ela é que é a própria metáfora da vida, ditando novas estratégias para inúmeras táticas;
       Recomendações às professoras e aos nossos amigos de Roda,
Boas festas e muita saúde
                                                             Mestre Cláudio danadinho                                                                                

sábado, 19 de novembro de 2011

Semana Cultural da Afrodescendência

   Saravá Prezados Camaradas,
              A instituição Fica com o apoio do SINPRO-DF e da Deputada Rejane Pitanga estão oferecendo a Semana Cultural da Afrodescendência, dia 01/12/11, na sede do Sinpro. Haverão debates sobre capoeira angola, ações afirmativas, espiritualidade, capoeira na educação, entre outras questões de interesse geral. Sua participação aumenta a corrente e o axé!!

                                                                                                               abraço, Álisson Lopes
          Obs: Mais informações fale com o Chico Fedora:8530-1874
 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cavaleiro de Aruanda

ô lua Branca lê uê
ô lua Branca lê uá

Quem é o Cavaleiro
Que vem de Aruanda
É Oxóssi em seu cavalo
Com seu chapéu de banda

Quem é o cavaleiro
Que vem de Aruanda
É Oxóssi em seu cavalo
Com seu chapéu de banda

Ele é filho do rei
Ele é filho da mata
Saravá nossa senhora
A sua flecha mata

Ele é filho do rei
Ele é filho da mata
Saravá nossa senhora
A sua Flecha mata

Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda auê!

quem é este cacique
glorioso e guerreiro
montado em seu cavalo
desce no meu terreiro

quem é este cacique
glorioso e guerreiro
montado em seu cavalo
desce no meu terreiro

Ele é filho do rei
Ele é filho da mata
Saravá nossa senhora
A sua flecha mata

Ele é filho do rei
Ele é filho da mata
Saravá nossa senhora
A sua Flecha mata

Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda uá
Vem de Aruanda uê
Vem de Aruanda auê!

ô lua Branca lê uê

Quem é o Cavaleiro
Que vem de Aruanda
É Oxóssi em seu cavalo
Com seu chapéu de banda

Quem é o cavaleiro
Que vem de Aruanda
É Oxóssi em seu cavalo
Com seu chapéu de banda

galo cantou
tá chegando a hora
oxalá tá me chamando
caçador já vai embora

galo cantou
tá chegando a hora
oxalá tá me chamando
caçador já vai embora

ô lua Branca lê uê
ô lua Branca lê uá


letras de Rita Ribeiro

terça-feira, 15 de novembro de 2011

só para amigos

Prezados amigos,

    A grandeza humana me sensibiliza e foi assim que sai do cinema após assistir o filme nacional “O Palhaço”, o filme é lírico, mostra a aventura mambembe de membros do circo “Esperança” na caminhada pelo interior do Brasil.
    Existe uma frase que foi repetida algumas vezes: “Gato bebe leite, rato come queijo...”, mas para completar a frase você deve ver o filme. Eu completei, aprendi minha lição, pois o “Gato bebe leite, o rato come o queijo e eu sou professor, é o que sei fazer com razão e emoção. A educação é minha luta e meu pão. É fazendo educação que jogo capoeira, nas aulas troco idéias com a juventude, com o futuro. Estou envelhecendo na profissão e espero continuar dialogando com a juventude, compreendendo a mudança de paradigmas e acreditando na educação como libertação.
     Respeito meus alunos e sinto o respeito deles por mim, os outros profissionais que me desculpem, mas acho que o professor é a profissão mais importante do mundo. Lidamos com a arte, a música, a dor e a esperança.
    Enquanto o filme é poético, é lírico, é bonito. Veja, complete sua frase e se divirta.
                                                                              
                                                                                     Professor Álisson Lopes
       

domingo, 6 de novembro de 2011

capoeira na educação

             Já fui várias vezes na capoeragem com povo de aruanda ao toque do berimbau, já joguei em São Sebastião, Ceilândia, Santa Maria, Guará, Estrutural e tantas outras cidades ,ensinando, aprendendo e compreendendo, porque só compreende quem vivência, não sei porque muitos estudiosos não vislumbraram a capoeira como ação afirmativa?Por que a SEEDF não fomenta a capoeira? Sou instrutor de capoeira, formado por uma tradição de mais de três séculos e a SEEDF ignora.Também sou historiador, especialista  em formação sócio-econômica do Brasil e bacharel em direito. Mas o que me faz sentir energia pura é o ijexá, o invisível da capoeragem. Aprendi na história do negro no Brasil que cada militante nas ruas constrói a história e os doutores registram, mas o verdadeiro doutor é como Bimba, Honoris Causa.
               Não sou contra a academia, mas ela tem que estar com o povo (não é só pesquisa de campo),com os verdadeiros atores sociais, capoeira é mato, mas quem faz a capoeira na escola tem um espaço estreito com pouca estrutura, tem que abrir espaço para os professores da SEEDF e também para os educadores populares. Quem quer fazer mobiliza!!
                                 Axé, capoerista Álisson Lopes

sábado, 22 de outubro de 2011

Máquina de democracia

         "Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública"
         Anísio Teixeira (1900-1971), educador brasileiro 
         É com a  afirmação deste grande educador, pioneiro na educação integral  que desejo socializar a ação afirmativa concebida no CED04 do Guará, instituição de ensino que foi notícia no primeiro semestre como escola violenta. Tal acontecimento provocou a mobilização da comunidade escolar com o envolvimento de educadores populares, professores, alunos, moradores do Guará.
         Hoje temos aulas de video arte, capoeira, grafite, além do envolvimento da comunidade nos projetos desenvolvidos e foi em um desses projetos que o Educador Popular Lucas Rafael, voluntário, artista, influênciado por Glauber Rocha e Chico Sciense, concebeu o documentário " EJA- Educação Popular em ação, mostrando que educação é prática política. O vídeo documento destaca a importância do EJA na educação dos trabalhadores e que sim a escola é o caminho da libertação.
         A mudança da direção da escola também foi fundamental, pois os  novos gestores  tem identidade com a comunidade escolar, compromisso com a educação e com a categoria. Portanto, por gentileza, acesse e veja a prática de uma real gestão do povo na escola,
         Se cada educador da escola pública acreditar no seu poder de mobilização faremos do Brasil uma nação mais igualitária, fortaleceremos nossa categoria, teremos um sindicato forte e trabalhadores esclarecidos.
         Na Grécia, no Japão , na Austrália, na França e tantos outros países, os estudantes, os trabalhadores gritam pela morte do capitalismo, pelo fim da especulação financeira dos banqueiros, pelo fim das contradições que são veias pulsantes na busca pelo capital. Em meio a crise mundial, a sustentabilidade do Brasil depende mais do que nunca da formação da classe trabalhadora e da qualidade da escola pública.
          Para quem é entendido, "os capas" devem deixar a democracia fluir.

                                                                                                                Álisson Lopes

sábado, 15 de outubro de 2011

Companheiros educadores feliz dia dos professores

Prezados Educadores de vanguarda,

               Recentemente soube da adaptação para o cinema da obra Capitães da Areia, do saudoso Jorge Amado, camarada que já foi deputado pelo partido comunista e que escreveu obras emblemáticas que se destacaram na literatura mundial. Então fiz uma releitura do livro Capitães da Areia e fui assistir ao filme. Não sou crítico de cinema e nem tenho essa pretensão, mas me sensibilizei com o filme exibido, sua caracterização, ambientação, os atores que souberam encarnar os personagens, logicamente não foi possível abranger a dimensão da obra do velho comunista, mas demonstrou que a obra continua atual e que o cinema brasileiro é próspero.
                Com olhar de militante da educação, vislumbrei inúmeras possibilidades de trabalhar com o filme em sala, embora o filme tal qual o livro, apresente cenas um tanto quanto pesadas, tendo que se analisar o contexto da turma para poder exibir.
                 O comandante Pedro Bala se torna sindicalista, honrando a memória de seu pai comunista assassinado pela repressão. Ainda mostra a manifestação do candomblé, da capoeira, a cultura nagô. O histórico capoerista Querido de Deus jogando com Pedro bala e Gato.
                 Gosto deste trecho do livro:
                “Anos depois os jornais de classe, pequenos jornais, dos quais vários não tinham existência legal e se imprimiam em tipografias clandestinas, jornais que circulavam nas fábricas, passados de mão em mão, e que eram lidos à luz de fifós, publicavam sempre notícias sobre um militante proletário, o camarada Pedro Bala, que estava perseguido pela polícia de cinco estados como organizador de greves, como dirigente de partidos ilegais, como inimigo da ordem estabelecida.
                 No ano em que todas as bocas foram impedidas de falar, no ano que foi todo ele uma noite de terror, esses jornais (únicas bocas que ainda falavam) clamavam liberdade de Pedro Bala, líder de sua classe, que se encontrava preso numa colônia.
                 E, no dia em que ele fugiu, em inúmeros lares, na hora pobre do jantar, rostos se iluminaram ao saber da notícia. E apesar de que lá fora era o terror, qualquer daqueles lares era um lar que se abriria para Pedro Bala, fugitivo da polícia. Porque a revolução é uma pátria e uma família.”
                  A nossa democracia é recente, e a ditadura e opressão as camadas mais pobres preencheram o maior tempo da nossa história brasileira. A luta pela liberdade não se interrompe, pois ela é maior do que a violência, a tortura e a ignorância. Depois de tantos mandos e desmandos seculares temos uma constituição cidadã e vários movimentos populares relevantes (nossa história é de luta). Eu acredito no poder que emana do povo, acredito que a escola pública é o instrumento de fomento de ações libertadoras e que os professores são protagonistas nesta concepção.
                Lembro e valorizo a memória de grandes professores como Paulo Freire, Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e cada professor que trabalha na transformação da realidade do povo. Feliz dia dos professores!!!!
                                                                       Álisson Lopes

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

solidariedade ao companheiro Marco

              Prezados Companheiros,

         Acabei de ler o livro de " Memórias" do saudoso militante Gregório Bezerra. Vislumbrei o respeito que ele tinha pelo "PCBÃO" e como praticava de forma progressista a solidariedade e o companheirismo. Não usava ninguém como titere.
         Quando me filei ao partido dos trabalhadores, espera ser acolhido, debater estrutura e conjuntura política, fomentar a pragmática do socialismo, porém encontrei um partido burocrático, inchado como o leviatã. Mas não vou desistir vou fazer parte da construção dentro do Partido dos Trabalhadores.
          Desejo deixar registrado aqui a minha solidariedade ao companheiro Marco Aurélio que foi indicado como Diretor de DRE de São Sebastião pelo PT e por duas vezes foi golpeado, primeiro quando "um ente superior" indicou o atual diretor que já vai voltar para sala de aula, segundo quando ocupava cargo em São Sebastião foi tirado sem aviso, aí curiosamente outro "ente superior"indicou um desconhecido de outra cidade para assumir.É companheiros escolha nada democrática.
          Teremos em breve o esperado PED, então é o momento de mobilizar filiados e conseguir novos filiados, não deixando de esclarecer e sensibilizar. Assim teremos espaço e poderemos construir uma verdadeira  democracia , um novo socialismo e um PT forte maior que os "ENTES SUPERIORES". Não precisamos de heróis, não somos massa de manobra, a coletividade é a liderança.
          Somos a base e conto com todos para uma nova reunião a ser marcada o mais rápido possível.
                                                                                      abraço fraterno, Álisson Rafael

terça-feira, 13 de setembro de 2011

As vezes me chamam de negro

As Vezes Me Chamam de Negro

Carolina Soares

às vezes me chamam de negro,
Pensando que vão me humilhar
Mas o que eles não sabem é que só me fazem lembrar,
Que eu venho daquela raça, que lutou pra se libertar,
Que criou o Maculêlê,
E acredita no camdomblé,
E que tem um sorriso no rosto,
A ginga no corpo,
E o samba no pé
Que fez surgir de uma dança,
Luta aqui, pode matar
Capoeira arma poderosa,
Luta de libertação,
Brancos e negros na roda, se abraçam como irmãos...
Perguntei ao camará, o que é meu?
O que é meu irmão? ôô meu irmão do coração
O que é meu irmão?
Ô Camará o que é meu....

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Semana Cultural do EJA no CED04 do Guará

"Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública"
Anísio Teixeira (1900-1971), educador brasileiro


Prezada Comunidade do Guará,

                  O Centro educacional 04 do Guará, orgulhosamente, apresenta a Semana cultural do EJA nos dias 28, 29 e 30 de setembro.Teremos a seguinte programação:

                 - Dia 28/09/11(19h30min), quarta, apresentação da vídeo arte com o cineasta Lucas Rafael e competições esportivas;
                 - Dia 29/09/11(19h30min), quinta, show de capoeira com o Grupo Gingado Capoeira ( Tony Guará) e competições esportivas;
                 - Dia 30/09/11,(19h30min), sexta, oficina e exposição com o Artista Plástico Julimar, também ocorrerá oficina da "Terapia do Pão"e o desfecho das competições esportivas.
                   venha participar e fortaleça o nosso movimento pela cultura da paz e solidariedade.
                    
                                                                     Contato: 3901-3696 , atenciosamente Equipe Ced04

domingo, 4 de setembro de 2011

Educação como libertação

 "Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública"
Anísio Teixeira (1900-1971), educador brasileiro

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"Pão, Paz, Terra e Liberdade"

               Prezados camaradas e companheiros,


                 Já se passaram quase 100 anos da revolução bolchevique, das palavras de ordem "pão, paz, terra e liberdade, também do surgimento do sindicalismo no Brasil, do leninismo e o marxismo atuando majoritariamente nas lutas sindicais e afastando o anarquismo e o anarcosindicalismo. O mundo deixou de ser bipolar com a queda do muro de Berlim, o socialismo/comunismo real desmoronou. O capitalismo venceu mais esta batalha.
                 Em meio a crises econômicas, bolsas  de valores em queda, pude participar da 13ª Plenária da CUT-DF como representante dos trabahadores do DF, junto a articulação sindical, foi a minha primeira plenária da CUT. Então vislumbrei a nata do sindicalismo do DF, as lideranças, as boas falas, os jargões, os pontos comuns e principalmente as divergências.
                 Algumas falas me despertaram inquietude, pois anunciavam que esta crise capitalista vigente que destabilizou, até agora, a toda poderosa potência estadunidense, seria o fim do capitalismo(?) e da sua predadora política neoliberal. Coisa que escutei na década de 90, quando ainda fazia minha faculdade de história. Na época mesmo sem saber realmente das implicações  era o que eu mais queria.
                 Depois  da plenária esgotada, dos debates postos, percebi na minha imaturiade política e sindical, que o verdadeiro debate era feito concomitantemente nos bastidores, kkkk,  regado a mesa do café. Estes momentos chegavam a esvaziar a plenária oficial e a lotar a plenária "oficiosa", mas era lá que as coisas aconteciam.
                 A plenária me proporcionou no mínimo uma experiência educacional, onde fui sensibilizado pela militância que ainda acredita na transformação social e que as crianças não nascem neoliberais. O mundo não pode ser consumido predatoriamente pela ambição das corporações transnacionais, abutres capitalistas.
                 Outra frase que foi repetidamente dita durante a plenária era a de que "...é preciso renovar o movimento sindical...", "...vejam as cabeças brancas, as barrigas avolumadas...", é a militância politica partidária ou não, ou sindical, não tem atraído novos quadros, pelo menos não da maneira que uma sociedade democrática de direito necessita. Agora falo como professor, será que os nossos companheiros sindicalista de forma geral, tem sensibilizado os jovens, pois o ciclo da vida continua, ainda não rompemos a barreira da mortalidade e os tempos são outros. Quando estou em sala devo compreender e ser compreendido pelos alunos, e de fato, com as mudanças comportamentais mais dinâmicas, também devo potencializar a minha linguagem, mas sem perder os princípios e fundamentos da minha razão em sala. Imagino que na vida também é assim, no sindicalismo não pode ser diferente.
                  Por fim, debatemos sobre novos paradigmas para contribuição sindical, fortalecimento da CUT, aproximação maior com os movimentos sociais e a sensibilização da juventude, foram tirados delegados para plenária da CUT- nacional e votamos o Estatuto da CUT-DF.
               
             Vejo que a importância dos sindicatos na atualidade é tão fundamental quanto a 100 anos atrás, a luta de classe existe, a flexibilização da legislação trabalhista tem arrancado direitos trabalhistas históricos e jogado todo o peso da crise mundial na classe trabalhadora. As manifestações na Europa, o crescente desemprego, o xenofobismo crescente, o neonazismo são frutos de uma sociedade desumanizadora.

               Fico perplexo, quando vislumbro o sentimento sectário do nazismo manifesta-se no Brasil e no mundo, isto não esta dissociado da crise econômica mundial. Promover a paz, a solidariedade, a ética e a honestidade é dever de todos.
               Agradeço aos diretores do Sinpro-DF a oportunidade da participação, em especial ao companheiro Carlos Cirane, ao Grande companheiro Lisboa e a companheira Rosilene.
            
               Mas de fato o que me marcou na semanada passada foi o IV Encontro de Educação Popular, tendo duas excelentes palestras do Mestre Tabosa( saravá) e o Mestre Squisito(Saravá), joguei  capoeira com os alunos do ensino Especial de Taguatinga, orientados pelo professor e capoerista Fabio. Neste momento, pego emprestado as palavras do Capoeirista Capite ( Cristiano) Gingado capoeira, ..." joguei capoeira com os camaradinhas do ensino especial como se eles fossem os mestres e aprendi com eles...", diante disto só posso falar ...axé!!!
                  Obrigado aos capoeiristas Capite, Hugo Leonardo, ao meu professor Tony Guará, Pepita, Moreno, Géleia, Pena, Fred, Chiquinho, Moacir, Paulo Cesar( o Paulão moleque doido), Neide Rafael, ZECA, Fabio, o representantes da federação de capoeira, a secretária de igualdade racial Josefina Serra, CDDN-DF, Jairo (assessoria Rejane Pitanga),  Angela, aos professores do CED04, aos que esqueci de mencionar mil desculpas e a todos muito axé!!!
                                                                                        negro Álisson Rafael

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Para refletir ...

Fazer política é passar do sonhos às coisas, do abstrato ao concreto. A política é o trabalho efetivo do pensamento social: a política é a vida. Admitir uma quebra de continuidade entre a teoria e a prática, abandonar os realizadores a seus próprios esforços, ainda que concedendo-lhes uma cordial neutralidade, é renunciar à causa humana. A política é a própria trama da história.
 a vida  A história, fazem-na os homens possuídos e iluminados por uma crença superior, por uma esperança sobre-humana; os demais constituem o coro anônimo do drama.
José Carlos Mariátegui

domingo, 31 de julho de 2011

Toque de São Bento de Angola por Paulo César Pinheiro

Nesse mundo, Camará
Mas não há, mas não há,
Mas não há quem me mande,
Eu só sei obedecer
Se mandar, mandar
São Bento Grande...
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

Meu avô já foi escravo
Mas viveu com valentia,
Descumpria a ordem dada,
Agitava a escravaria,
Vergalhão, corrente, tronco,
Era quase todo dia,
Quanto mais ele apanhava
Menos ele obedecia...
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

Quando eu era menino
O meu pai me disse um dia:
A balança da justiça
Nunca pesa o que devia,
Não me curvo alei dos homens,
A razão é que me guia,
Nem que seu avô mandasse
Eu não obedeceria...
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

Esse mundo não tem dono
E quem me ensinou sabia
Se tivesse dono o  mundo
Nele o dono moraria
Como é mundo sem dono
Não aceito hierarquia
Eu não mando nesse mundo
Nem no meu vai ter chefia...
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

Nesse mundo, Camará
Mas não há, mas não há,
Mas não há quem me mande,
Aprendi com Mangangá
Respeitar só se for
São Bento Grande
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

sábado, 30 de julho de 2011

Boicote

Uni-vos então irmãs e irmãos,
Lutemos em prol de nossa libertação,
Do jugo de idiotas, patifes, imbecis,
Que querem impedir o hip hop em nosso país,
Ou transformar em moda, ai é foda,
Só vai aparacer bodinho na tv, a gente vai se foder,
Por culpa de tipinhos,
Que nunca foram na Ceilândia, em favelas,
Nas periferias, nas quebradas de São Paulo,
Nunca pisaram na São Bento,
Mas vão jurar que fazem parte do movimento,
Juntem-se breaker's, rapper's, grafiteiros,
Do Df, de São Paulo, BH, Goiânia, Maranhão, Piaui, Ceará,
Unidos nós somos foda, o bicho vai pegar,
Temos que atacar,
Formemos nossa guerrilha, vamos arrembentar,
os alicerces do sistema, não tenham pena,
Agindo com inteligência, sem violência,
Com certeza eles sofrerão as consequências,
De seus atos insanos, pseudos seres humanos,
Nos B.Boys não nos enganamos,
Pois a longa distância sentimos o cheiro deles,
X diz a vocês; agora é nossa vez,
Vamos mostrar a todos o tanto que somos fortes,
Boicote, Boicote
Vamos mostrar a todos o tanto que somos fortes,
Boicote, Boicote
Vamos atacar por todos os lados,
Manter os escroques sob fogo cruzado,
Grafites nas paredes, Break nas ruas, rap nos salões,
Emissoras e rádio, televisões,
Quando se derem conta estarão dominadas,
Entremos pelos poros, por todas as bechas,
Olhos, ouvidos, narinas, aparando arestas,
Ligar para rádios, perturbar, infernizar os caras,
Comer o juízo se for preciso, eu não ligo,
Se disserem que eu encho o saco, o fato,
É que queremos ouvir rap nacional, na programação normal,
Sem dar mole para pilantra, um abraço,
Nós merecemos ter o nosso espaço,
Temos que exigir, o que queremos ver, ouvir, ler, vocês vão ver,
Se essa porra melhora ou não melhora, tem que ser agora,
E se um deles recuzar, quizer dar uma de forte,
A solução é bem simples véi, Boicote,
Vamos mostrar a todos o tanto que somos fortes,
Boicote, Boicote
Vamos mostrar a todos o tanto que somos fortes,
Boicote, Boicote.

                                 CÂMBIO NEGRO

quinta-feira, 28 de julho de 2011

toque de tico-tico

Eu, em chão de senzala, não fico
Me tira daqui tico-tico
É no pé, é na asa, é no bico
Me tira daqui tico-tico
Pau que dá em Francisco, dá em chico
Me tira daqui tico-tico
Quando o galo cantar eu me pico
Me tira daqui tico-tico

Camará ninguém dá tombo
Num guerreiro de Guiné
Vou-me embora pro quilombo
Lá de Ilha de Maré

Não nasci pra capacho de rico
Me tira daqui tico-tico
Não sou besta de carga ou jerico
Me tira daqui tico-tico

Capoeira escondida eu pratico
Me tira daqui, tico-tico
Pra lutar com feitor ou milico
Me tira daqui tico-tico

Todo mundo é rei sem trono
Não se vive na corrente
Passarinho não tem dono
Nem gente é dono de gente

É com quem tem poder que eu implico
Me tira daqui tico-tico
Com pancada eu não me modifico
Me tira aqui Tico-tico
Pra para de bater não suplico
Me tira daqui tico-tico
Vou morrer mas não peço penico
Me tira daqui tico tico


Paulo César Pinheiro- CD- Capoeira de Besouro-

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Toda escola deveria ser um Quilombo

       A escola deve apresentar-se como espaço da liberdade, ambiente libertário de caducos paradigmas. O racismo é um deles, hoje o racismo é crime, positivado no código pena em seu artigo:  
                                                                          A Lei 7.719/1989, conhecida como Lei Caó, que                 classifica o racismo como crime inafiançável, punível com prisão de até cinco anos e multa, é pouco aplicada.
          O racismo é muito mais que discriminação ou preconceito racial, é uma doutrina que afirma haver relação entre características raciais e culturais, defendendo que algumas raças são por natureza, superiores a outras.
          Em 2003, entra em vigor a lei n° 10.639 que torna obrigatório o ensino da história da África e dos afro-brasileiros no ensino fundamental e médio com objetivo de mudar ideologia de povo colonizado, ou seja, formatado.
          No Brasil há um racismo camuflado, disfarçado de democracia racial. Tal mentalidade é tão perigosa quanto a que é assumida, declarada. O racismo camuflado é traiçoeiro: não se sabe exatamente de onde vem. Tanto pode manifestar-se nos regimes autoritários quanto nas democracias.
           A escola deve oferecer resistência e atitudes de vanguarda contra ideologias conservadoras herdadas do colonialismo europeu.
          Nos quilombos as organizações sociais funcionavam possibilitando a convivência entre os marginalizados, os páreas do sistema escravocrata. Portanto, no período escravocrata, negros, indígenas e brancos pobres se articulavam em aldeias formando em todo Brasil quilombos onde podiam a revelia do Estado Português praticarem a liberdade e o dom da civilização.
         No dia 20 de novembro de 1692, Zumbi foi assassinado e esquartejado. Seus Restos mortais foram salgados e deixados apodrecer em praça pública no Recife.
         O general Zumbi, líder do Estado de Palmares, lutou contra a escravidão e o racismo de forma pragmática e ostensiva. Sua derrocada, não inviabilizou a luta contra a escravidão. Contrariamente, motiva até hoje, ultrapassando os séculos. A história do racismo no Brasil é a história da luta contra a escravidão.
         A escola deve permitir a reflexão e a sensibilização contra a intolerância, a desigualdade, o preconceito, o racismo e o esteriótipo.
         A escola deve ensinar o que determina a diferença na cor da pele é a melanina, substância em nosso organismo que define a cor dos olhos, cabelos e pele. Na humanidade somente existe uma raça, a raça humana, temos etnias diversas. As diferenças, tais como cor da pele, religião, opção sexual devem ser respeitadas, mas as desigualdades, tais como pobreza, miséria devem ser banidas.
        Os negros do Brasil possuem como ancestrais os povos africanos, berço da humanidade, cultura e ciência. A civilização egípcia, por exemplo, uma esplêndida civilização negra, como tantas outras grandes civilizações.  A cultura negra inegavelmente formou o Brasil e o mundo.
        Todo o povo brasileiro deve conhecer a história africana, pois também é nossa história, como também a indígena como prevê a lei 11.645/08. Todos devem compreender o que é racismo e não permitir mais a sua existência. A importante cultura negra está apresentada no maracatu, cacuriá, capoeira, umbanda, candomblé, rock n’roll, hip hop, samba, entre outros.
        Tivemos incontáveis guerreiros defensores da liberdade, como Zumbi, Mathin Luther King, Malcon X, os panteras negras, João Cândido, Luiz Gama, Oswaldo Orlando Costa, Mestre Bimba, Mestre Pastinha, Nelson Mandela, Mãe Menininha do Cantois, GOG, Cassius Clay, a lista não tem fim.

                               Saravá Negritude, Álisson Rafael
       



A capoeira e a apropriação do espaço público

       A apropriação do espaço público pela capoeragem foge de um sistema pré-estabelecido de ocupação urbana. A capoeragem ocupa praças, parques, quadras esportivas, salões comunitários, associações, muitas vezes de forma improvisada e espontânea, ocupam estes espaços, desenvolvendo uma atividade comunitária, se apropria do espaço público em prol da coletividade. Este fenômeno contrapõe o individualismo de ocupação territorial do espaço urbano, da privatização do terreno baldio.
        As rodas de capoeira no espaço público são abertas à comunidade, propiciam uma mobilização popular, atraem, fortalecem politicamente o movimento da capoeira de forma espontânea nas suas diversas vertentes. A capoeira mais uma vez me surpreende por promover a ocupação do espaço público, muitas vezes abandonado, e garantindo sua eficiência para a coletividade. O espaço público deve manter o caráter de atender o apelo popular, sendo em praças, parques e continuar atendendo a mobilização da comunidade, pois é neste território que se constrói a identidade do povo, tendo como desdobramento uma comunidade unida e humana.
                                            Axé, Álisson Rafael
      

sexta-feira, 22 de julho de 2011

SALVE!!!

Jorge Da Capadócia

Jorge Ben Jor

Composição: Jorge Ben Jor
Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés, não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos, não me peguem, não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo, meu corpo não alcançará
Facas, lanças se quebrem, sem o meu corpo tocar
Cordas, correntes se arrebentem, sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é de Capadócia, viva Jorge!
Jorge é de Capadócia, salve Jorge!
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum
Ogam, Ogam toca pra Ogum
Jorge é da Capadócia
Jorge é da Capadócia
Jorge é da Capadócia
Jorge é da Capadócia
Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum
Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum

Flamengo até morrer

É, esse time é igual aquele
O time do povo
Flamengas... Flamengo
Hei, he, flamengão
Não bate nessa bola com desprezo
Toca nela com razão
Igual a você com muita fé e coragem
Existe mais um, o alvi-negro do parque
Na cidade-mar você quem manda em tudo
Flamengo Brasil você é grande no mundo
Flamengão
Hei, he, flamengão
Não bate nessa bola com desprezo
Toca nela com razão
O toque de bola desse time é um encanto
Só existe gênio nesse meio de campo
Adílio de um lado, Carpegiane do outro
Manguito, Becão batendo até no pescoço
Na frente rei Zico com toque desconcertante
Lançou o Cláudio Adão que colocou no barbante
Flamengão
Hei, he, flamengão
Não bate nessa bola com desprezo
Toca nela com razão
Com essa galera te aplaudindo noite e dia
Flamengo quando ganha o povo vibra de alegria
Lá no gramado verde a bola rola bonito
Mais um gol no placar de longe ouve os gritos
É gol
Hei, he, flamengão
Não bate nessa bola com desprezo
Toca nela com razão
É, esse é igual aquele preto e branco
Cheio de amor pra dá, é
Hei, he, flamengão

Eu jogo...

Vamos embora camarada
Vamos sair dessa jogada
Vamos embora camarada
Vamos sair dessa jogada
Quem tem amor tem coração
Capoeira é que não dá pé não
Quem tem amor tem coração
Capoeira é que não dá pé não
Pois quem é filho de Deus
Deve ajudar os companheiros seus
Pois quem é filho de Deus
Deve ajudar os companheiros seus
Mesmo sofrendo mesmo chorando
Negro tem que levar a vida cantando

IV Encontro de Educadores Populares

Prezadas Instituições Educacionais e Camaradas Capoeiristas
    Neste segundo semestre de 2011, daremos continuidade nos encontros sobre educação popular e capoeira na educação pública. Nosso objetivo é contemplar os trabalhos desenvolvidos dentro das escolas públicas do DF e destacar as boas experiências.
    Então, é com imensa felicidade que anunciamos o IV Encontro de Educadores Populares com o ilustre Cidadão Honorário do DF, o Mestre Tabosa e também com a participação do Mestre Skysito. Neste momento privilegiado, teremos a oportunidade de compreender a vivência e a obra desses dois importantes mestres.
     Esta imperdível atividade será realizada no dia 17 de agosto de 2011, quarta-feira, tendo início às 09 horas e o término às 12 horas, na DRE-Guará, QE 38, área especial “D”, ao lado do Colégio Rogacionista. Contato: 3901-6657, Profª Neide Rafael, Profª Marcia e Profº Álisson Lopes.
     Várias ações vêm sendo tomadas a respeito da prática da capoeira na sociedade do DF por mestres, grupos e outros setores significativos, todas as reuniões, encontros, debates são importantes, fundamentais e a Diretoria de Ensino do Guará apóia todas estas iniciativas.

                         “Quem mobiliza e faz tem que ter o seu espaço reconhecido”
                                        Equipe DRE-Guará

Saravá

Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há
Um princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados num carro de boi
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
Dum lado cana de açúcar
Do outro lado o cafezal
Ao centro senhores sentados
Vendo a colheita do algodão tão branco
Sendo colhidos por mãos negras
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Quando Zumbi chegar
O que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
È senhor das demandas
Quando Zumbi chega e Zumbi
É quem manda
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver

Meu Pai Oxalá

Meu pai Oxalá

Vinicius de Moraes

Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá
Vem das águas de Oxalá
Essa mágoa que me dá
Ela parecia o dia
A romper da escuridão
Linda no seu manto
Todo branco
Em meio à procissão
E eu
Que ela nem via
Ao Deus pedia amor
E proteção

Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
Que vontade de chorar
No terreiro de Oxalá
Quando eu dei
Com a minha ingrata
Que era filha de Iansã
Com a sua espada
Cor-de-prata
Em meio à multidão
Cercando Xangô
Num balanceio
Cheio de paixão

Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá

ZAMBI

Zambi

Vinicius de Moraes

Composição: Vinicius de Moraes / Edu Lobo
É Zambi no açoite, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
É Zambi na noite, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
Chega de sofrer, ei!
Zambi gritou
Sangue a correr
É a mesma cor
É o mesmo adeus
É a mesma dor
É Zambi se armando, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
É Zambi lutando, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
Chega de viver, ê
Na escravidão
É o mesmo céu
O mesmo chão
O mesmo amor
Mesma paixão
Ganga-zumba, ei, ei, ei, vai fugir
Vai lutar, tui, tui, tui, tui, com Zambi
E Zambi, gritou ei, ei, meu irmão
Mesmo céu, tui, tui, tui, tui
Mesmo chão
Vem filho meu
Meu capitão
Ganga-zumba
Liberdade
Liberdade
Liberdade
Vem meu filho
É Zambi morrendo, ei, ei, é Zambi
É Zambi, tui, tui, tui, tui, é Zambi
Ganga Zumba, ei, ei, ei, vem aí
Ganga Zumba, tui, tui, tui, é Zambi

Berimbau

Berimbau
Quem é homem de bem
Não trai!
O amor que lhe quer
Seu bem!
Quem diz muito que vai
Não vai!
Assim como não vai
Não vem!...

Quem de dentro de si
Não sai!
Vai morrer sem amar
Ninguém!
O dinheiro de quem
Não dá
É o trabalho de quem
Não tem!
Capoeira que é bom
Não cai!
E se um dia ele cai
Cai bem!...

Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...

Quem é homem de bem
Não trai!
O amor que lhe quer
Seu bem!
Quem diz muito que vai
Não vai!
Assim como não vai
Não vem!...

Quem de dentro de si
Não sai!
Vai morrer sem amar
Ninguém!
O dinheiro de quem
Não dá
É o trabalho de quem
Não tem!
Capoeira que é bom
Não cai!
E se um dia ele cai
Cai bem!...

Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...

Hê! Hê! Camará!
Hê! Hê! Camará!
Hê! Hê! Camará!
Hê! Hê! Camará!
Composição: Baden Powell e Vinicius de Moraes

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Monografia no ramo do direito ambiental

Prezado amigos,
Minha monografia A história da capoeira no Brasil: da marginalização a condição de patrimônio cultural foi publicada  no Conteúdo Jurídico no seguinte link:
http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=.27659

Nota de esclarecimento

Nota de esclarecimento sobre o movimento institucional promovido pela Regional de ensino do Guará sobre educadores populares

Prezados Mestres,

A Regional de Ensino do Guará tem fomentado o encontro de educadores da capoeira, grafite, skate, entre outros. A motivação é de instrumentalizar a linguagem da paz com elementos da rica cultura brasileira e sua maravilhosa diversidade.

O movimento é legitimamente educacional. Sinceramente, acreditamos que a capoeira e as demais artes, são meios libertadores da comunidade, em relação ao consumo de drogas e violência.

A capoeira já está na escola, faz-se necessário que ela esteja de fato na educação. Para tanto, os nossos encontros tornaram-se um movimento multicultural e social. E estamos conseguindo visibilidade e espaços para o debate.

Mas com o crescimento do movimento não podemos perder os princípios, como:

- O respeito pelo próximo e a tolerância com a diversidade cultural, religiosa e ideológica;

- A inclusão da capoeira na escola com identidade cultural;

-Garantir aos mestres antigos o respeito merecido e também as novas gerações que estão se formando e se consolidando;

-Não esquecer que o Mestre de Capoeira é uma liderança com direitos e deveres em relação a sua comunidade e aonde ele for irá representá-la;

-Que a cada encontro o participante se sinta bem e que considere o momento como aperfeiçoamento;

-Que o encontro seja participativo e deliberativo;

-A defesa da capoeira na educação: como jogo com o outro e não a opressão ao outro.

-O respeito aos camaradas do grafite, skate e hip hop e o devido espaço para sua arte.

No encontro que teremos com a parlamentar Professora Rejane Pitanga, Deputada Distrital, vamos mostrar coerência, boa vontade e boa fé, para que a primeira Audiência de educadores populares tenha o nosso espírito.

Temos orgulho de estar passando por este momento histórico de construção e sabemos que somente alcançaremos os objetivos almejados sem rivalidade e sectarismo. A capoeira como libertação da opressão. Axé.

“... Esse nego me ensinou,

Esse nego da calça rasgada, camisa furada,

Ele é meu professor...” Domínio público atenciosamente , Núcleo pedagógico do Guará

Educação Popular

Educação Popular na Escola Pública
Não podem existir oligarquias na educação pública, a educação é do povo, e o conceito de democracia não é demagogia.
O Mestre Professor Paulo Freire, vive ainda em sua obra, de maneira vanguardista, libertadora, venceu a coisificação da educação pela ditadura militar, hoje podemos movimentar a educação com atuação dos importantes educadores populares, conhecedores dos saberes do povo.
A capoeira é patrimônio nacional e o oficio de mestre de capoeira também está legalmente amparado. A capoeira é para todos, como a educação, a justiça e a liberdade.
Camaradas, jogar capoeira é um exercício da liberdade, a capoeira na escola não pode ser violenta, não pode instigar a violência, mas sim, demonstrar a paz, a diversidade e a tolerância com as diferenças.
Jamais duvidei que a capoeira, seja luta, e sinceramente, espero que ninguém cometa o equívoco de duvidar. Mas esta luta de guerreiros na educação nas escolas deve ensinar a paz, o autocontrole.
A escola necessita de capoeira com identidade cultural, com mandinga e axé!

Bom dia...

Bom dia para quem é de bom dia, boa noite para quem é de boa noite



Saravá Mestres. Venho através desta, solicitar que abençoem os nossos trabalhos e também socializar, com os senhores e demais camaradas algumas ações desenvolvidas em prol da capoeira e da cultura brasileira.

Hoje, temos um movimento de educadores populares que buscam a inclusão social, o saudoso Pedagogo Paulo Freire, ensinou que é possível diálogo entre antagônicos, é possível a paz, é possível e mais agradável vivermos com as diferenças culturais, temos de extirpar a desigualdade social.

No dia 19 de abril, eu, os camaradas Tony Guará (Mestrando/Gingado Capoeira) e Paulo Cesar (Vice-Diretor Do CED01 do Guará), nós participamos do II encontro de Diversidade da Regional de ensino de Santa Maria, lá tivemos preciosas palestras sensibilizando em relação à diversidade cultural, mas o momento mais importante, a nossa participação na roda de capoeira com os camaradinhas do ensino especial de Santa Maria, coordenada pela capoerista Angela Amoras, ali eu vivenciei o ritual e o ritmo. Os camaradinhas jogavam num envolvente jogo de dentro, com mandinga, com sabedoria e respeito ao próximo. Marcavam os golpes, sem acertar, mostrando uma peculiar e amorosa destreza, a energia estava incrível, era a pura manifestação do axé e do ijexá.

Porém, como nem tudo é floreio, tomamos uma banda no distúrbio que ocorreu no Ced04 do Guará, a insegurança pública, nua e crua na escola, foi como jogar-se no movimento do AÚ e tomar uma cabeçada na ponta da costela, enquanto as pernas ainda estavam no ar. Levantamos e a comunidade das cidades Estrutural e Guará, seus professores, alunos, pais e educadores populares já estão transformando a escola em de fato uma escola.

A educação popular na escola pública levou o movimento ao debate com a Deputada Distrital Rejane Pitanga, o Deputado Federal Roberto Policarpo e o Senador Paulo Paim, todos apoiaram as nossas ações. Conseguimos veicular o vídeo produzido pelo M.O.S.C.A sobre o II encontro da Capoeira e do Grafite na audiência que tinha como tema a violência na escola.

Agora no dia 28 de abril, quinta-feira, na Regional do Guará, teremos o III encontro de Educadores Populares,com o vanguardista Professor Luiz Eduardo, Luizão, será das 9 horas às 12 horas. Todos estão convidados, Axé!



Álisson Rafael, contato: 3901-6657

Contraversões

Contraversões

A capoeira abriu espaços que como professor de história, eu não tinha, mesmo dentro da própria SEEDF, com os alunos e com a comunidade. A capoeira, o movimento da capoeira me fez ver os atores sociais, os educadores populares, a cultura popular na rua com o povo.
Ver é tomar conhecimento, compreender é vivenciar, andar nas rodas, seja no museu da república, no ensino especial em Santa Maria, nas praças do Guará, nas escolas em São Sebastião, na Samambaia, na Ceilândia. Isto me despertou um sentimento de pertencimento que ninguém pode mais tirar. Jogar no asfalto quente, criar bolhas nos pés, sentir olhar preconceituoso de alguns ou a perplexidade de outros. Mas a capoeira ensina ativismo político, o poder do popular. Portanto, procuro o diálogo com todos do povo, o conhecimento popular, dizem que sou franco atirador, devo ser, sou filho de Oxossi, sou mandigueiro, caçador, tenho fé que minha mandinga é certeira. Mas o tempo pede conciliação, perdão e sustentabilidade. Eu sou povão, não acredito em heróis, acredito em lideranças que compreendam o povo e que façam parte dele.
Precisamos de identidade cultural, começando pelos que têm a pretensão de nos representar, todos de boa-fé, com a diversidade que cada um representa. Não precisamos de capitães do mato, nem de pai dos pobres, manipuladores. A verdadeira liderança representa o movimento é o movimento. O que seria de Zumbi sem os quilombolas? De Napoleão sem suas tropas? Da capoeira sem capoeiristas? Dos mestres sem alunos? Dos deputados, senadores sem o povo?
O povo é o poder, a democracia é o povo, as decisões não podem partir de meia dúzia de iluminados. Eu penso nisto todo dia, como ajudar aqueles que foram solapados da vida digna, como? Humildemente quero participar das decisões políticas que interferem na minha vida e da minha comunidade, não apenas pelo voto, mas pelo debate. Nas nações indígenas cacique é o porta-voz do povo da tribo, em nossa sociedade cacique é o cara safado que não te deixa participar das decisões que interferem na sua vida. Mas o galo cantou, um dia encontro com o cacique fajuto que atenta contra minha liberdade, aí a casa cai.
Vamos mobilizar o povo, pois quem faz merece respeito e espaço.
Pela verdadeira representatividade, Álisson Rafael

Considerações

A capoeira e a educação pública

“Menino quem foi teu Mestre”? Tradição, cultura e ativismo estão presentes em várias rodas de capoeira que pude vivenciar, mas ainda temos para alguns um paradoxo no ensino da capoeiragem nas escolas públicas, questão já resolvida no meu entendimento. Pois temos professores de disciplinas especificas que são autorizados a ministrarem as aulas de capoeira, mas ainda em número pequeno para atender as mais de 600 escolas do DF. Portanto, contamos com a presença de voluntários da comunidade que de forma interativa fomentam a capoeira nas escolas, são pessoas da comunidade, esta que deve participar da escola, ou vão barrar a comunidade na própria comunidade? O educador popular não rivaliza com o servidor professor da rede pública. Mas devemos também destacar a obrigação do gestor das instituições escolares públicas de dialogar com a sua comunidade e contemplar no projeto político pedagógico a participação da comunidade escolar, o gestor tem o poder discricionário de aceitar ou não o voluntário, lembrando que a escola não é uma ilha.
Axé, Álisson Rafael

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Crônica de um Berimbau

Prezados companheiros e camaradinhas,

           O que vou compartilhar é verdade, mas que cada um acredite na verdade que achar melhor.
           Um não tão jovem capoerista, estava a muito afastado das rodas de capoeira, a tempo suficiente para esquecer o axé que ela emana, então foi convidado a participar de uma roda num terreiro já conhecido e reconhecido. Foi com medo, preguiça e dúvida. O medo é por estar fora de forma e não aguentar um jogo mais duro, a preguiça de sair da rotina e a dúvida de praticar a capoeira ou abandonar.
            Mas chegando ao terreiro, o cheiro de incenso, foi uma recepção mágica, o toque do berimbau, instrumento de ligação transcendental, avisou ao plano espiritual do jogo de capoeragem. Eram bambas jogando, os melhores, foi então que o desanimado capoeira, entra no jogo. Como é bom lembrar, ele pensou, seu jogo o levou a um transe, o tim tim , dom dom, do berimbau, fez ele sentir o ijexá, o som oferecido aos orixás, respeitando o tim tim do berimbau , soltou seu golpes antes do som do dom dom, assim entre as pausas do som ele soltava seus golpes e gozava o som do ijexá.
            Seu jogo foi uma oferenda, ele começou jogando com a música, mas em transe, ele é a música, antes ele queria nadar como peixe, agora ele era a água. Após o jogo, seu espirito esta renovado, a capoeira é água de beber camará, água  benta de beber.
            Capoerista experiente, é como macaco velho e esperto não bota a mão na combuca. Não entra em qualquer roda, não senta de costas para porta, não usa roupa dos outros, e luta quando tem que lutar, mas se retira da querela quando tem que se retirar, sabe chegar e sabe sair.

                                                                                                                                                                    Álisson Rafael
Relatório sobre a reunião com o Deputado Federal Roberto Policarpo
       Aos 08 dias do mês de abril de 2011, sexta- feira, com início às 11 horas, na Assembléia Legislativa do DF, ocorreu a reunião dos Educadores Populares  com o Deputado Federal Roberto Policarpo, Partido dos Trabalhadores.
       Neste encontro, o Deputado comprometeu-se em fomentar a prática da Capoeira, Grafite e Skate nas escolas públicas do DF e em toda sociedade. O movimento destacou a importância da atuação dos Educadores Populares, como lideranças comunitárias, como agentes de cultura (cultura na Concepção plena: esporte, educação, política, arte).
       A importância da prática e o melhor uso da Capoeira Identitária na promoção das ações educacionais, tendo como objetivo a cidadania pautada nos Direitos Humanos e afirmação da política da paz social, na diversidade.
      O Deputado recebeu o relatório do II Encontro dos Educadores Populares e um documentário em DVD sobre o movimento. Informou que seu gabinete está aberto para atender os objetivos dos educadores populares e também pleitos individuais mediante agendamento. Também adentrou ao movimento como participante e organizador da audiência pública a nível federal.
       Em breve, todos nós, participaremos da I audiência Pública de Educadores Populares do DF. O Estado brasileiro, mediante a provocação dos Educadores Populares, deve legalmente garantir a atuação com os Mestres e Grupos de Capoeira e considerar a importância da mobilização sócio- cultural-educacional no processo.
        Temos o amparo da Lei n°12.288 de 2010, Estatuto da Igualdade Racial, seção IV, Do Esporte e lazer, artigo 22:
 “A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do artigo 217 da Constituição Federal.”
       Enfim, prezados camaradas, não podemos esquecer que a nossa mobilização é contínua, educacional e inclusiva. Somos esportistas, somos artistas, somos agentes da cultura popular e temos o compromisso de melhorar a educação do nosso país e não realizaremos esse objetivo se não valorizarmos a arte, o esporte e a cultura.
                                                                Brasília, 12 de abril de 2010
                                                Axé, Equipe do Núcleo Pedagógico do Guará
Relatório sobre a reunião com a Deputada Rejane Pitanga
       Aos 04 dias do mês de abril de 2011, segunda- feira, com início às 11 horas, na Assembléia Legislativa do DF, ocorreu a reunião dos Educadores Populares da Cultura da Capoeira, Grafite e Skate com a Deputada Distrital do Partido dos Trabalhadores, professora Rejane Pitanga.
       Neste encontro, mais uma vez, a Deputada ratificou seu compromisso em fomentar a prática da Capoeira, Grafite e Skate nas escolas públicas do DF e em toda sociedade. Também ficou destacada a importância da atuação dos Educadores Populares, como lideranças comunitárias, como agentes de cultura (cultura na Concepção plena: esporte, educação, arte).
       A importância da prática e o melhor uso da Capoeira Identitária na promoção das ações educacionais, objetiva a cidadania pautada nos Direitos Humanos e afirma a política da paz social, na diversidade.
       Em breve, todos nós, participaremos da I audiência Pública de Educadores Populares do DF. O Estado brasileiro, mediante a provocação dos Educadores Populares, deve legalmente garantir a atuação com os Mestres e Grupos de Capoeira e considerar a importância da mobilização sócio- cultural-educacional no processo.
        Temos o amparo da Lei n°12.288 de 2010, Estatuto da Igualdade Racial, seção IV, Do Esporte e lazer, artigo 22:
 “ A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do artigo 217 da Constituição Federal.”
       Enfim, prezados camaradas, não podemos esquecer que a nossa mobilização é contínua, educacional e inclusiva. Somos esportistas, somos artistas, somos agentes da cultura popular e temos o compromisso de melhorar a educação do nosso país e não realizaremos esse objetivo se não valorizarmos a arte, o esporte e a cultura.
                                                                Brasília, 05 de abril de 2010
                                                Axé, Equipe do Núcleo Pedagógico do Guará