Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"Pão, Paz, Terra e Liberdade"

               Prezados camaradas e companheiros,


                 Já se passaram quase 100 anos da revolução bolchevique, das palavras de ordem "pão, paz, terra e liberdade, também do surgimento do sindicalismo no Brasil, do leninismo e o marxismo atuando majoritariamente nas lutas sindicais e afastando o anarquismo e o anarcosindicalismo. O mundo deixou de ser bipolar com a queda do muro de Berlim, o socialismo/comunismo real desmoronou. O capitalismo venceu mais esta batalha.
                 Em meio a crises econômicas, bolsas  de valores em queda, pude participar da 13ª Plenária da CUT-DF como representante dos trabahadores do DF, junto a articulação sindical, foi a minha primeira plenária da CUT. Então vislumbrei a nata do sindicalismo do DF, as lideranças, as boas falas, os jargões, os pontos comuns e principalmente as divergências.
                 Algumas falas me despertaram inquietude, pois anunciavam que esta crise capitalista vigente que destabilizou, até agora, a toda poderosa potência estadunidense, seria o fim do capitalismo(?) e da sua predadora política neoliberal. Coisa que escutei na década de 90, quando ainda fazia minha faculdade de história. Na época mesmo sem saber realmente das implicações  era o que eu mais queria.
                 Depois  da plenária esgotada, dos debates postos, percebi na minha imaturiade política e sindical, que o verdadeiro debate era feito concomitantemente nos bastidores, kkkk,  regado a mesa do café. Estes momentos chegavam a esvaziar a plenária oficial e a lotar a plenária "oficiosa", mas era lá que as coisas aconteciam.
                 A plenária me proporcionou no mínimo uma experiência educacional, onde fui sensibilizado pela militância que ainda acredita na transformação social e que as crianças não nascem neoliberais. O mundo não pode ser consumido predatoriamente pela ambição das corporações transnacionais, abutres capitalistas.
                 Outra frase que foi repetidamente dita durante a plenária era a de que "...é preciso renovar o movimento sindical...", "...vejam as cabeças brancas, as barrigas avolumadas...", é a militância politica partidária ou não, ou sindical, não tem atraído novos quadros, pelo menos não da maneira que uma sociedade democrática de direito necessita. Agora falo como professor, será que os nossos companheiros sindicalista de forma geral, tem sensibilizado os jovens, pois o ciclo da vida continua, ainda não rompemos a barreira da mortalidade e os tempos são outros. Quando estou em sala devo compreender e ser compreendido pelos alunos, e de fato, com as mudanças comportamentais mais dinâmicas, também devo potencializar a minha linguagem, mas sem perder os princípios e fundamentos da minha razão em sala. Imagino que na vida também é assim, no sindicalismo não pode ser diferente.
                  Por fim, debatemos sobre novos paradigmas para contribuição sindical, fortalecimento da CUT, aproximação maior com os movimentos sociais e a sensibilização da juventude, foram tirados delegados para plenária da CUT- nacional e votamos o Estatuto da CUT-DF.
               
             Vejo que a importância dos sindicatos na atualidade é tão fundamental quanto a 100 anos atrás, a luta de classe existe, a flexibilização da legislação trabalhista tem arrancado direitos trabalhistas históricos e jogado todo o peso da crise mundial na classe trabalhadora. As manifestações na Europa, o crescente desemprego, o xenofobismo crescente, o neonazismo são frutos de uma sociedade desumanizadora.

               Fico perplexo, quando vislumbro o sentimento sectário do nazismo manifesta-se no Brasil e no mundo, isto não esta dissociado da crise econômica mundial. Promover a paz, a solidariedade, a ética e a honestidade é dever de todos.
               Agradeço aos diretores do Sinpro-DF a oportunidade da participação, em especial ao companheiro Carlos Cirane, ao Grande companheiro Lisboa e a companheira Rosilene.
            
               Mas de fato o que me marcou na semanada passada foi o IV Encontro de Educação Popular, tendo duas excelentes palestras do Mestre Tabosa( saravá) e o Mestre Squisito(Saravá), joguei  capoeira com os alunos do ensino Especial de Taguatinga, orientados pelo professor e capoerista Fabio. Neste momento, pego emprestado as palavras do Capoeirista Capite ( Cristiano) Gingado capoeira, ..." joguei capoeira com os camaradinhas do ensino especial como se eles fossem os mestres e aprendi com eles...", diante disto só posso falar ...axé!!!
                  Obrigado aos capoeiristas Capite, Hugo Leonardo, ao meu professor Tony Guará, Pepita, Moreno, Géleia, Pena, Fred, Chiquinho, Moacir, Paulo Cesar( o Paulão moleque doido), Neide Rafael, ZECA, Fabio, o representantes da federação de capoeira, a secretária de igualdade racial Josefina Serra, CDDN-DF, Jairo (assessoria Rejane Pitanga),  Angela, aos professores do CED04, aos que esqueci de mencionar mil desculpas e a todos muito axé!!!
                                                                                        negro Álisson Rafael

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Para refletir ...

Fazer política é passar do sonhos às coisas, do abstrato ao concreto. A política é o trabalho efetivo do pensamento social: a política é a vida. Admitir uma quebra de continuidade entre a teoria e a prática, abandonar os realizadores a seus próprios esforços, ainda que concedendo-lhes uma cordial neutralidade, é renunciar à causa humana. A política é a própria trama da história.
 a vida  A história, fazem-na os homens possuídos e iluminados por uma crença superior, por uma esperança sobre-humana; os demais constituem o coro anônimo do drama.
José Carlos Mariátegui