Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Direito à Cidade : Capoeira na OAB-DF

Direito à Cidade : Capoeira na OAB-DF



Na noite de 25 de setembro a
OAB-DF recebeu os errantes capoeiristas Felipe Couto,  Tiago Baldez e convidados, a roda de
conversa  girou em torno da ontologia e
fundamentos da capoeira, da sua negritude , da sua territorialidade, da brasilidade
e de sua militância ancestral.
A capoeira, ao meu ver, é a
vitória do oprimido contra seu opressor,  da liberdade do quilombo contra a reação da  casa grande, é o besouro que desafia física e
voa, é o passarinho pequeno que mata cobra peçonhenta,  lembrar da história da capoeira é lembrar da
capoeira de Madame Satã, de Besouro Mangangá, de Mestre Pastinha, de Mestre
Bimba , do general e rei de Palmares Zumbi.  
A capoeira pela militância
insurgente de seus praticantes venceu a escravidão colonial, venceu a
criminalização na república, Getúlio Vargas a reconheceu como esporte
brasileiro, e em 2008 tornou-se patrimônio imaterial do Brasil, já em 2014 a
Unesco  reconheceu como patrimônio da
humanidade . A capoeira e seus fundamentos, seus mestres devem ter sua memória
fomentada e o Estado brasileiro deve salvaguardá-la .
Os incrédulos podem acreditar a capoeira
venceu com esquiva, pisão e Aú  , as
teorias racistas de eugenia, jogou e venceu na roda da vida as teorias raciais
de Cesare Lombroso e Raimundo Nina Rodrigues. A arte da capoeragem e o jogo dos
nossos antepassados , mostrou que a escravidão no Brasil nunca foi amorosa,
tampouco desdobrou-se em uma democracia racial.
Foi nas rodas de ruas e no jogo
da vida que a capoeira resistiu e demonstrou que é inclusiva, que é sim  ação afirmativa, que a roda sim é democrática
, para todas e todos, hoje a capoeira é mais acolhedora do que nunca, é
difusora da cultura e da língua brasileira pelo mundo.
A Comissão da Memória e da
Verdade da OAB-DF , inaugurou o ciclo de conversas sobre o direito à
cidade  e nos próximos encontros serão
homenageados e chamados para o jogo antigos mestres de capoeira e a nova
geração para preservação da memória destes senhores do conhecimento e saberes
da cultura popular, a história dos movimentos sociais , tais como a capoeira,
não podem ficar no subterrâneo ou esquecida. O capoeirista nos séculos de
história do Brasil demonstrou que o jogo de cada dia  é o direito achado na rua, empodera e desperta
o sentimento de pertencimento desta nação. A capoeira é revolucionária!

domingo, 9 de setembro de 2018

Não voto em quem defende e faz discurso de ódio!

Tantas pessoas me perguntam em quem irei votar na eleição de 2018 que se aproxima, mas devo confessar que a crise de representatividade me abateu , não vou votar em branco, não vou anular meu voto e outra coisa podem ter certeza, não voto em propagadores da retórica do discurso de ódio, maniqueísmo e sectarismo. Não vou perder a oportunidade de impedir o avançar do que tem de mais medonho na política , usar o ódio para desunir e conquistar. Não vou deixar de votar, nem que seja "voto útil", não voto em políticos que vociferam machismo, racismo, homofobia e atentam contra a diversidade. Tenho fé neste país, nesta nação, eu amo o Brasil! Abraço fraterno, Álisson Lopes.