Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Alimentar quem tem fome de literatura

Contramarcha é o que são os poetas: Castro Alves, Vinícius de Moraes e o Jorge Amado; estava eu, numa vida simples de adquirir coisas, pagar dívidas, fugir da cicuta que é o cheque especial que até mata filósofo e filosofia, num gole só. Quando abruptamente, assim mesmo, sem pensar nas consequências, entro no universo desses caras e que caras. Pronto foi minha ruína, irresistível tentação, foi um desvairamento, o mundo é outro agora, tenho que compartilhar; dialogar, viver e transformar tudo em experiência. Não, não acabou ainda, agora como posso estar satisfeito? Se a inquietude que se planta na obra desses devassos contamina. Hoje leio o “Cavaleiro da esperança”, outra obra de Jorge Amado, sobre o Luís Carlos Prestes, vou novamente rever o mundo, transformar e criar percepções. Nobre amigo se tem respeito pelas tuas certezas, não siga o caminho da literatura brasileira, a melhor de todas, eu digo, já estou desenganado e contaminado, prêmio Nobel que nada, o bom é o nosso quinhão. Abraço, Álisson Lopes

sábado, 26 de outubro de 2013

Aos novos e antigos amigos.

Esse ano foi um ano silencioso dentro do partido, tentei participar de muita coisa e sinto que não participei de nada, politicamente, partidariamente. As manifestações sem bandeiras de partidos fazem barulho e provocam mudanças , mas não me representam com plenitude, estive presente em algumas, sou de esquerda para os românticos, progressista para os amigos e demagogo para os inimigos. Aonde pude ir fui; debati, ganhei antipatias, talvez simpatias, mas estava lá, a procura de espaço, a procura de respostas. Às vezes me articulei cedo demais, às vezes tarde demais, mas nunca de menos. Mas foi um ano de amizades, de encontros, de capoeiragem, sincretismo. Será que um dia ainda largo essa vida de professor e viro um burocrata feliz por ganhar muito dinheiro e só? Acho que não, mas minha esposa fica danada com isso, ela que é uma mulher sensacional e minha contadora. Não posso deixar de agradecer a lutadora Rosilene, a guerreira Fátima Mustafa, ao comandante Marco Aurélio, a guerrilheira Erika, a Rejane ,ao Paulão, ao Punk Fernando, ao hippie Erick, ao corajoso Michel,o mestrando Tony, o Grão mestre Fumaça, o mosca Diego,o vídeo artista Lucas Rafael, Dr. Palazzo, ao Dr. Rodrigo Camargo, Dra. Indira Quaresma, ao destemido professor Anderson, ao contra mestre Géleia, ao Músico Max Maglem, a Gidilene, a Marília, a Sheila, o Alessandro, ao Padre José Vicente, ao Babalorixá Julio de Oxossi, ao artista plástico Julimar, ao melhor pediatra do mundo WB que nesse momento degusta um bom vinho em Paris e, segundo ele lá, é mais barato do que água, e a minha base para todas as horas , a minha família, deixo qualquer manifestação por ela. Sem a ajuda de todos, não teria êxito em meus singelos e humildes projetos. Tomo a liberdade de agradecer, mesmo parecendo forçar a amizade, parecendo meio ridículo, o meu muito obrigado, porque cada um na sua peculiaridade maravilhosa me ajudou a crescer como ser humano, como ser gente mesmo. Obrigado, Álisson Lopes.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Um tempinho para falar de poesia

Meu amigo WB sabe que não nasci com o dom de entesourar, mas nasci metido a besta a declamar as coisas da vida. Tudo me interessa Doutor da nobre ciência de endireitar o homem, me interessa o trago, a cachaça, a política, a religião, as grandes paixões e o amor, até os que doem de lembrar. Faz-me ser gente, ver e respirar a compaixão, o sacrifício e a contrição. Hoje compreendo a lição de um amigo de amizade efêmera, daqueles que passam rapidinho mesmo só para ti dar um supetão na sua vida, que sempre dizia que: “morrer jovem é a pior morte”. Aos que morrem cedo, ainda acho que por mais intenso que tenham gozado a vida, é uma gozada precoce. Amigo, pretendo ter vida eterna, ir e vir em muitas reuniões do partido, aquele que já não é o que deveria, mas vou mesmo não sendo convidado e provoco os politiqueiros de carreira, escuto a replica indignada do cabra e peço treplica para falar por último, é minha estratégia do não carreirismo. Mas devo lhe confessar que temo o esvaziamento da poesia, pois acredito o que estágio mais avançado do homo sapiens é o ser poeta, o revolucionário poeta, o subversivo, aquele canhoto no acostamento da lógica, o contraponto do que é obvio e sem condimento. A humanidade esteta dos novos tempos não congraça com Castro Alves, Vinicius de Moraes e nem se interessa em ensimesmar-se. Da para acreditar? Sem poesia a cachaça só da ressaca, a amizade é burocrática e a história é um circulo, espera aí, questão de ordem, amigo acredite em mim, a história não se repete, é porque, alguns equivocados ficam repetindo essa ladainha, mas aí vem o poeta e põe o império no chão de joelhos. O poeta é o improvável, tá fora da equação, não foi convidado e nem quer, sobe no caixote, faz de tribuna e explode para o mundo a filosofia de refazer a filosofia do mundo. Um grande abraço, Álisson Lopes

sábado, 12 de outubro de 2013

O poder pelo poder

Os poderosos; acredito que mais do que nunca, este adjetivo é subjetivo, pois quando é vociferado ao ar, pode referir às transnacionais, os corruptos que de alguma forma estão no poder, os governantes transitórios, os que estão desde a inauguração da república, a bancada ruralista, os donos do capital, o capitalismo, o neoliberalismo, os conservadores. Mas conclui, numa conclusão totalmente incompleta e mutável, para uns um mero sofisma, que é o canalha que quer o poder pelo poder, pois quando eleito, seja para ocupar o cargo mais simples, utiliza-se do “poder”, para se sentir hierarquicamente melhor, definitivamente, aí sim conclusivamente, o cara não tem comprometimento com o coletivo, com o povo, talvez tenha com sua horda de clones sem ética. Lembrem; o povo, os verdadeiros donos do poder, são todos os que sabem ler, os que não sabem e os que não querem ler o mundo. Numa dessas reuniões de endereço incerto donde ainda se têm discussões políticas e desabafos, inúmeros, muitos ditos por mim; pude mostrar minha jactância aos colegas ouvintes, que não eram os poderosos que me refiro com desdém, pois advogam para todo o povo, como rábulas, como advogados regulares, que o ciclo da vida é maior do que o butox, o camaro amarelo, a clonagem, a prorrogação de mandato, indicação para cargo ou qualquer outro sucedâneo. E não adianta medidas protelatórias, quando o ciclo da vida se encerra o poder se esvai. Mas alguns desses canalhas já gozam da sensação de perder o poder antes, justiça seja feita. Não quero abolir o poder, que é uma instituição complexa e histórica, mas que esteja nas mãos de quem é de direito o povo, todo mundo, sem restrições, exceções e golpes. Aos que tem paciência de ler minhas humildes considerações. Álisson Lopes

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Nem sempre as coisas são como deveriam ser

O PED do Partido dos Trabalhadores, momento de decisão, momento de reformismo ou revolução, penso em revolução, porque sou pretensioso, mas que seja uma política progressista, a continuação de um projeto coletivo de todo um povo. Então estarei lá no Guará em novembro, votarei no PED, já adimpli a cota do partido, já tenho meu número de filiado, já estou apto e já sei em quem não vou votar, e sim claro também escolhi as lideranças que confiarei o meu voto. Porém como remete o título supracitado, “nem sempre as coisas são como deveriam ser “, não votarei na mirante candidata , pois a sua estrela não abrilhantará o rol de candidatos, nem das zonais, nem de diretórios, nem na esfera nacional, nem na presidência do PT, a companheira histórica que fez história e faz, a militante porreta, valente e que não teme truculências, ela que me perdoe citar seu nome, a Grande Fátima Mustafa. Esta mulher, digo a todos militantes do PT, os que se permitem a escutar, meus companheiros ou não, ela demonstrou com a força de uma guerreira amazonas, aquelas lendárias, como ser militante, professora, diretora e ser direta igual ao soco que o Anderson Silva levou em sua última luta e o fez tirar um cochilo. Estarei lá, no importante dia do PT, garantindo minha participação no voto. Recentemente, assinei um manifesto junto com outros companheiros, intitulado “Queremos de volta o PT de lutas”, é porque não quero cargo, não quero andar de carro oficial, eu quero e acredito numa sociedade justa plenamente. Votarei nessa chapa, sou parte dela, dessa contrução. Enquanto à ausência da colega como candidata fico alheio às combinações que deixam a trajetória de luta de companheiros nas gavetas do passado, ainda acho que ela faria diferença. Até o PED, Álisson Lopes.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Carta de agradecimento ao Mestrando de capoeira Tony Guará,

Foi esse malandro, o tal Mestrando Tony Guará, em breve mestre com a graça de todos os quilombolas, que me ensinou a jogar, ou melhor, a vadiar na capoeiragem com mandinga de negro fujão que jamais aceitou ser pai João. Aprendi com o sambar do berimbau a que toque acelerar, bater e sair sem apanhar. Foi sim com esse professor que aprendi que o que se começa na roda termina nela e também que jogar sorrindo mete mais medo do que mostrar os caninos. Caí sim, ele me derrubou, numa rasteira cabulosa, mas levantei forte, reclamei das abdominais, das mil luas de compasso, das esquivas, cocorinhas, feitas até o corpo agir com reflexo, mas de tudo isso, o que mais valeu, aprendi com esse professor a sabedoria da humildade. Axé. Álisson Lopes, na roda Playboy.