Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

sexta-feira, 30 de março de 2018

O Verbo se fez Carne por Álisson Lopes

Semana santa , momento de reflexão para os cristãos, oportunamente li o romance feito por Frei Betto " Um Homem Chamado Jesus", nos apresenta um Jesus tão humano , tão cheio de amor e humanidade, cita ainda Leonardo Boff na seguinte frase sobre Cristo :-"Humano assim como ele foi só podia ser Deus mesmo". " Em um trecho do romance a profetisa Ana exclama;"-O verbo se fez homem e habita ente nós!" O verbo se fez carne , mostrou-se homem e Deus com seu próprio sofrimento terreno, com tantas formas que ele poderia ter marcado sua estada nesta terra , veio vestido com a vulnerabilidade da carne humana e usou da palavra como o maior instrumento de seus ensinamentos sem violência , sem discurso de ódio. Sem dúvida foi o maior militante dos Direitos Humanos. Nosso calendário tem como marco o nascimento de Jesus Cristo, então , 30 de março de 2018, o que temos feito? Nosso cotidiano mostra uma desqualificação dos defensores dos direitos humanos, assassinatos, ameaças e os verdadeiros antipatriotas neste país são os políticos corruptos com discursos falaciosos e práticas que deterioram as instituições e extirpam da política os humanistas. Não são bombas que vão minar o poder da corrupção , mas sim o empoderar do povo por intermédio da educação e conhecimento, temos que fiscalizar, exigir o máximo de transparência e controle social. Servidores públicos , usuários dos sistemas, cidadãos, são vitimas de má gestão e corrupção, é aterrorizador saber que os profissionais da saúde adoecem ao sentir no cotidiano das suas profissões a impotência de atender uma pessoa e não ter as condições mínimas necessárias de efetivamente salvarem vidas.É de esmagar o coração ter que correr em vários hospitais de pronto atendimento para encontrar um pediatra para atender uma criança que necessita de atendimento emergencial. Temos que ter esperança , não podemos desistir da democracia, temos poder ! Você é uma liderança, seja na sua casa com sua família, no seu bairro, temos que minar o maldito "status quo" da velha política com a participação cidadã. Uma pessoa que gere um cargo público tem que ser humanista, ético, legalista, uma pessoa que ocupa um alto cargo público e sequer cumprimenta os funcionários que limpam seu gabinete não é digna de estar lá. Vamos ostentar o amor, a solidariedade, o perdão e não o capital, não o status quo, não ao consumismo. Somos todos humanos seja um rico empresário, um servidor público , uma pessoa em situação de rua ,é essa humanidade latente e amorosa que Cristo defendeu e nos ensinou com amor. Leia sobre Cristo, veja sua história, sua militância e viva o Cristo em você, viva a humanidade, viva o amor. (...) "Uma voz ressoa da nuvem: ESTE É MEU FILHO AMADO, QUE ME ALEGRA. OUÇAM O QUE ELE DIZ!" ( trecho do romance Um homem chamado Jesus, de Frei Betto, pág.217, editora Rocco.2009)

domingo, 25 de março de 2018

Se queres a paz, trabalha pela justiça(Dom Helder) por Álisson Lopes

No dia 22 de março de 2018, pela manhã, fui presenteado com a indescritível honra de participar compondo mesa e representando a Ordem dos Advogados do Brasil da seccional do Distrito Federal na Sessão solene da Câmara dos Deputados em respeito ao Dia internacional do Direito à verdade.Na ocasião foi prestada nova e merecida homenagem à memória de Marielle Franco e de todas e todos defensores dos direitos humanos. Jamais esquecerei a oportunidade de ter conversado com a deputada Luiza Erundina , mulher forte e de atitude. No mesmo dia 22 de março , no período noturno , participei como presidente da Comissão da Memória e verdade da OAB-DF do primeiro encontro das rodas de conversas sobre Regime militar e Redemocratização brasileira , mesa composta pelo jornalista Hélio Doyle e o jornalista Matheus Leitão. O Matheus Leitão escreveu à magnífica obra "Por meus pais" onde relata o processo de prisão e torturas sofridas por seu pai e sua mãe na década de 70 por serem estudantes envolvidos com organizações estudantis e panfletarem contra a ditadura civil/militar. Já Doyle, autor da obra "Assim é a velha política", descreveu em sua participação a conjuntura política de 1964 até a 1985, destacando a falta de liberdade e a dureza da repressão à liberdade de expressão e afirmou que também existia corrupção no período do regime militar. Nesta semana no projeto Direito à Cidade iniciei com os estudantes os primeiros passos para conhecerem um pouco da obra de Platão , Aristóteles e Maquiavel, não esqueci de conversar sobre o quanto foi a emocionante ter participado da sessão solene, experiência que certamente marcou minha existência. Toda esse momento me levou a ler a obra "Dom Helder : O Artesão da Paz" coletânea de palestras realizadas por Dom Helder e organizadas neste volume por Raimundo Caramuru e Lauro de Oliveira. Vislumbrem esse pequeno trecho: " Quando enfrentaremos a ira dos poderosos; quando nos decidiremos a perder prestígio e favores; quando aceitaremos ver torcidas nossas intenções; quando aceitaremos até riscos maiores para ajudar as minorias abraâmicas e denunciar injustiças , em plano interno e em plano externo, e, sem cuja, a paz será simplesmente uma bela palavra vazia?" *palestra realizada em Kansas City(USA), 15-1-72, durante a conferência Ecumênica sobre a guerra do Vietnã , patrocinada por Organizações Protestantes, Ortodoxas, Católicas e Judias, dos USA e do exterior. Até quando?reforço o coro de Dom Helder. Vociferar o discurso de ódio e destruição é mais fácil e conveniente para alguns do que aceitar a diversidade e construir um consenso, amar é mais difícil do que odiar. Construir a paz requer compromisso, desprendimento e empatia, enquanto o ódio emerge por vingança e egoísmo. Discurso de ódio não pode ser considerado liberdade de expressão , um discurso racista por exemplo em nossa legislação brasileira é crime . Temos sim que ter coragem de amar o próximo. Encerro este pequeno artigo com o titulo da música de Beto Guedes e Fernando Brant, O medo de amar é o medo de ser livre.

domingo, 18 de março de 2018

Direitos humanos e segurança pública

Direitos humanos e segurança pública Na obra de Guilherme de Souza Nucci , Direitos Humanos versus Segurança pública, explica que a corrupção é uma das maiores afrontas aos direitos humanos, "...A corrupção ataca de maneira sombria e furtiva, não se tratando de conduta violenta contra pessoa, passa despercebida pela sociedade...", ou seja, o desdobramento da violência nas cidades por conta da corrupção muitas vezes não é considerado. A corrupção é sem dúvida um desagregador social e mata a participação cidadã. A corrupção enfraquece o Estado e produz o distanciamento de boa parte das pessoas da política. O brutal assassinato da militante dos Direitos Humanos Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes demonstra que quem defende os direitos humanos neste país corre um risco real de morte. Um servidor público que faz o seu trabalho de maneira correta e honestamente ao se deparar com esquemas de corrupção e denunciar corre risco de morte, um cidadão em seu bairro quando aponta questões de violações de direitos humanos sofre ameaças de toda ordem e até também ameaças de morte, portanto, quem em nome de um bem coletivo , a despeito das provocações e ameaças, levanta a bandeira de uma sociedade verdadeiramente justa e dos direitos humanos é um alvo para ações truculentas de quem não respeita à dignidade humana. A velha política e a corrupção são mais do que familiares entre si, são uma simbiose de opressão ao pobre, de classicismo, de racismo, de intolerância religiosa e sexual, é quase um antigo regime feudal. A segurança pública e os direitos humanos deveriam andar em sincronismo, até porque acredito que sem direitos humanos respeitados não teremos segurança pública. A dignidade da pessoa humana representa o núcleo básico do ordenamento jurídico brasileiro. Qualquer pessoa pode sofrer uma afronta aos seus direitos mais básicos, seja como trabalhador, como consumidor, como usuário no sistema de saúde. É inegável as violações aos direitos humanos e estatisticamente alguns grupos sociais são mais vulneráveis a isso. Nesta semana no projeto Direito à cidade tivemos a presença do agente de Polícia Federal Flávio Werneck em uma palestra para cerca de 150 estudantes do ensino médio, ele destacou, dentre outras coisas, a importância da interação preventiva dos agentes de segurança pública na comunidade com palestras, ações sociais e a empatia que isso proporciona entre os agentes da segurança pública e a comunidade, sendo possível estabelecer uma relação de confiança e respeito mútuo. Em outro momento os estudantes também puderam assistir o documentário biográfico a Capoeira Iluminada , referência a vida e obra de Manuel dos Reis Machado , o Mestre Bimba criador da capoeira Regional. É muito curioso saber que o candomblé e a capoeira eram perseguidas mesmo após à abolição da escravatura e mesmo após o advento da proclamação da república no Brasil. Praticar capoeira era crime em 1890 , quem diria , quem te viu e quem te vê , hoje a capoeira é patrimônio imaterial do Brasil e reconhecida mundialmente como patrimônio da humanidade, embora viver da docência da capoeira aqui não seja nada atraente e fácil. Foi Mestre Bimba já na década de 40 que conseguiu o reconhecimento da luta regional baiana , a capoeira Regional, junto ao então presidente da República brasileira Getúlio Vargas. É importante atentar para a disposição da resistência da negritude que mesmo sofrendo ataque feroz e institucional do Estado não deixou a capoeira e nem o candomblé serem extintos. A capoeira já foi inimiga da ordem pública racista do final do século xix e objeto de repressão da segurança pública. Comparo os defensores dos direitos humanos aos antigos praticantes da capoeira , pois com toda adversidade continuavam lutando e jogando na roda da vida e sem perder os sonhos. A segurança pública não pode ser tratada com maniqueísmo e sectarismo, os militantes dos direitos humanos são atacados, por muitos, como se fossem os criadores de uma sociedade desigual e perversa, e na verdade lutam por uma sociedade com justiça e paz . Lamento que alguns setores da sociedade desqualificarem lideranças que pagaram com a morte por lutarem , sem violência, por uma sociedade verdadeiramente livre e solidária. Pessoas humanas demais como Chico Mendes, Dorothy Stang, Marinalva Kaiowá, Margarida Alves, Anderson Pedro Gomes, Marielle Franco e tantas e tanos assassinados, massacrados por transformarem em prática a palavra AMOR! Boa semana e até a próxima aula.

domingo, 11 de março de 2018

Primavera nos Dentes.

Coluna Direito à Cidade :" Primavera nos Dentes" por Álisson Lopes Segue a letra da música Primavera nos Dentes, autores João Ricardo/João Apolinário) ouvi na interpretação do grupo Secos e Molhados no vinil homônimo , prensagem de 1973, adquirido na Funhouse Discos do amigo Luizinho. " Quem tem Consciência para ter coragem Quem tem a força de saber que existe e no centro da própria engrenagem inventa a contra -mola que existe Quem não vacila mesmo derrotado Quem já perdido nunca desespera E envolto em tempestade, decepado entre os dentes segura a primavera" Emblematicamente linda e lendo conjuntamente à obra República de Platão e o diálogo descrito entre ele, Sócrates e Polemarco, onde Sócrates define:- " Fazer mal a alguém , Polemarco, a um amigo ou a qualquer outro, portanto, é próprio não de quem é justo, mas sim de quem é injusto." Inevitavelmente relacionei com a concepção de ordem social e suas definições que é um debate constante nas aulas de sociologia com as presenças conceituais e considerações de pensadores como Comte, Weber, Marx e Durkheim esse ultimo considerando por muitos como pai da sociologia. É interessante saber como as revoluções burguesas deram a possibilidade da construção das ciências ditas sociais tais como: Antropologia, Ciência política e a própria sociologia, e também as suas críticas as sociedades capitalistas, ou seja, críticas a "Ordem social burguesa", para Marx em sua obra O capital , ele confronta as bases da sociedade burguesa e suas contradições justamente pela falta de igualdade , liberdade e fraternidade palavra de ordem da Revolução Francesa e influência das ideias iluministas. A ordem social, de maneira breve e simples, estabelece contratos , acordos , normas costumes, escritos ou não, e até tradições para manter um convívio harmonioso entre os ente, indivíduos, instituições na estrutura do Estado , contudo uma sociedade com pleno exercício da paz ainda está distante.É para criar uma nova ordem social mundial que os Estados Unidos da América lançam a terrível bomba atômica em Hiroshima e Nagazaki, num Japão já vencido na segunda grande guerra, ali apresentando-se como novo xerife mundial à moda texana. A música Rosa de Hiroshima , autoria Gerson Conrad/Vinicius de Moraes, apela "...Pensem nas crianças..." e de fato não pensaram nas crianças ou no bem estar de ninguém ao lançarem essa poderosa bomba de destruição em massa e no aguçar da corrida armamentista mundial. A humanidade permanece no caminhar para aproximação de uma sociedade, espero de maneira global, com seres humanos justos, sábios e instruídos, e voltando à obra República que há mais de 2.300 anos , Platão por meio do diálogo buscou sensibilizar seus discípulos e sociedade à materialização de uma sociedade verdadeiramente justa. Para encerrar, essa conversa por hoje, no dia 07 de março ocorreu a aula inaugural do projeto Direito à Cidade e agradeço à coragem e competência da gestão e todos membros do Centro Educacional 02 do Guará , conhecido como GG, em acolher e permitir o desenvolver do projeto , especialmente a Diretora , gestora, Cynara e o vice diretor , gestor, Luiz Carlos que representam legitimamente toda comunidade escolar numa bela gestão democrática . Também não posso deixar de agradecer a presença do procurador do Ministério Público do Distrito Federal , afastado para exercer mandato parlamentar como deputado distrital na câmara legislativa do DF, o servidor público Francisco Leite, o Chico Leite, que na oportunidade ressaltou que um dos objetivos do projeto que é de trabalhar uma educação em direitos voltada para aplicabilidade , ou seja uma práxis, na realidade local de estudantes que são moradores , em sua maioria, da Estrutural e do Guará, lembrou sabiamente do trabalho desenvolvido pela militância da linha de pensamento do Direito achado na rua, inclusive em outras conversas comigo disse ter sido estudante de Roberto Lyra filho, um dos pilares teóricos desta forma diferenciada de vislumbrar e propagar o direito. Outro ilustre convidado que veio prestigiar à aula inaugural foi o professor Fábio Sousa, subsecretário de Educação da SEDF, fez uma fala propositiva no sentido de expandir à educação em direitos , mostrando alegria e confiança no projeto local Direito à Cidade e também ao projeto Falando Direito como possibilidade de agregar toda rede pública de ensino do DF. A diretora Cynara , às vésperas do dia internacional das mulheres, 08 de março, agradeceu a presença de todos os presentes e encerrou o importante momento que teve a presença de 150 estudantes da instituição, ela e sua equipe colocaram em prática uma gestão inovadora e de vanguarda na educação em direitos para formação cidadã da comunidade escolar . O GG já apresenta bons índices educacionais e com o projeto Direito à cidade e tantos outros já vigentes a tendência é sempre melhorar. A instituição tem uma equipe qualificada e comprometida disposta ao desenvolver de projetos que otimizam a relação ensino aprendizagem . É a escola pública atuando , ontologicamente, plenamente sua função como uma máquina libertadora de fazer democracia lembrando a expressão do saudoso Anísio Texeira. Até a próxima aula com esperança e fé em dias melhores! Abraço fraterno, Álisson Lopes.

domingo, 4 de março de 2018

Viva La Revolución- pela educação

" Viva la Revolución" pela educação Lendo a obra " Viva La Revolunción "de Eric Hobsbawn , acredito ser interessante quando em seu artigo "Um homem rigoroso: Che Guevara", é destacada a militância do homem Ernesto Guevara de La Serna, também o mito "CHE",e ainda hoje depois de 51 anos de seu assassinato em 09 de outubro de 1967, aos 39 anos, em La Higuera na Bolívia, são muitas as críticas e elogios ao guerrilheiro. Deixando o ceticismo ou o romantismo em relação ao Che Guevara, o que me interessa , pelo menos neste artigo, ao invocar Hobsbawn e sua visão do revolucionário argentino pós revolução cubana é o de que Ernesto era sistemático , rigoroso e organizado, características inerentes ao um bom educador. E isso faz com que eu me lembre uma leitura importante da minha juventude que se tornou um livro de cabeceira , a Pedagogia do oprimido do saudoso Paulo Freire, nela compreendi que o educador deve ter uma sistemática ao ensinar, uma didática marcante e que ensinar com amor não afasta a necessidade de um ou vários métodos bem definidos. E no caminhar dos universos que cada livro aborda e nos permite perceber outras realidades ou à nossa própria , na obra de Gladstone Leonel Júnior, encontrei como tema "O Novo Constitucionalismo latino-Americano", onde se discute o surgimento do constitucionalismo moderno como desdobramento da independência dos Estados Unidos da América em 1776 e a Revolução Francesa em 1789, onde o modelo configura o Estado como "única entidade que pode gerar direitos e que o povo politicamente organizado pode definir regras jurídicas obrigatórias", atende o modelo das revoluções burgueses do século XVIII. O avançar da civilização humana , das ciências sociais são ininterruptos, com as ciências jurídicas não seria diferente, o novo constitucionalismo povoa um processo que se atenta com a legitimidade democrática como fator importante para concepção constitucional ,se importando com o aspecto multicultural para fortalecer, por exemplo, direitos indígenas , direitos dos remanescentes de quilombos e o reconhecimento da identidade cultural e de direitos individuais e coletivos. Em meio a tantas leituras e considerando as posições acadêmicas percebo que o debate da educação em direitos como também o seu contexto com as disciplinas já previstas e presentes nos currículos escolares da educação básica brasileira é fundamental para efetivar o ambiente escolar como vivência e exercício da cidadania. Para que o jovem possa ser sensibilizado em relação a vital importância da educação , é primordial dar espírito ao conhecimento, ou seja, apresentá-la útil ao seu cotidiano, aplicável a sua realidade, permitir que o estudante utilize a educação como transformadora da sua realidade, aprendizagem que permeia suas horas, seus dias , enfim suas vidas. No dia 07 de março de 2018 , às 14h , no Ced02 do Guará I, "GG", faremos simbolicamente uma aula inaugural do Projeto Direito à Cidade, projeto que busca empoderar estudantes em uma educação em direitos de forma introdutória, mostrando o respeito a Constituição de 1988, normas, códigos e estatutos da legislação brasileira. Semanalmente irei descrever as vivências em sala de aula neste espaço. Aos jovens ofereço Violeta Parra ,música Volver a Los 17, "Voltar a sentir profundo como um menino diante de Deus".