Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

domingo, 21 de setembro de 2014

Para Miguel com amor

Tantas coisas um pai deve falar para um filho sobre amor, futebol, política, sexo, violência, sobre como fazer a barba, enfim é preciso uma vida e mesmo assim terão palavras que faltarão em ser ditas. Mas gosto de pensar que um dia, meus filhos, irão ler tudo que foi registrado aqui e compreender um pouco deste ser que escreve e os ama muito. Você, Miguel, nasceu numa quinta pela manhã, uma quinta feira quente e seca, com trânsito engarrafado, um dia normal de Brasília até você nascer, aí brilhou o sol de um jeito diferente, você me deu mais vida na minha vida. Você é a última parte da trilogia: Guilherme, Rafael e Miguel. Hoje quase aos 40 anos, sou flamenguista, e politicamente sou de esquerda/progressista, faço parte de alguns grupos que defendem os direitos humanos e ministro aulas de história. Aprendi a ser mais crítico na faculdade de história e seguro na faculdade de direito. Mas vivo numa época veloz na transformação dos costumes e com vários conflitos ocasionados pela desigualdade social. Nós moradores deste planeta azul, ou respeitamos a natureza e a própria dignidade humana ou provocaremos nossa destruição. Álisson Lopes

domingo, 7 de setembro de 2014

Amado de todos os santos

Não poderia de deixar de registrar aqui, neste espaço que tanto respeito, uma singela resenha sobre o que li e aprendi na obra do mestre Jorge Amado. A obra “Bahia de todos os santos”, na minha humilde interpretação, apresenta-se como uma ode à Bahia, um roteiro majestoso em que o camarada Jorge Amado permite ao leitor vislumbrar a Bahia com seus olhos de sabedoria e louvor a sua terra mãe. Vislumbram-se artistas, músicos, poetas, capoeiristas como o Mestre Pastinha e o Mestre Bimba. Engrandece a cultura negra brasileira e sua ancestralidade africana. Acredito que todo brasileiro deveria se deliciar com a narrativa deste socialista que demonstra a cor e cultura da nossa nação. Seus personagens reais, tais como Glauber Rocha, Caetano, Gil,Vinicius de Morais, entre tantos outros, todos lembrados e como já registrei anteriormente a obra de Jorge Amado enaltece a amizade aos mesmo tempo que liga todas essas entidades progressistas e de vanguarda. Vejo em sua obra um engajamento social que combate às mazelas mesquinhas impostas pelos dominadores aos dominados, o mestre Amado, se posiciona de forma contundente contra os reacionários. E é na força de seu exemplo e na força de seus personagens reais e fictícios que mesmo não sendo considerado negro, neste país racista, que reconheço minha negritude e luto pela liberdade. Álisson Lopes