Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Meus filhos rumo ao futuro

O tempo parece se tornar menor a cada dia, minha jornada de trabalho e a correria de cuidar de vocês (meus pequenos) , me tiram o tempo de escrever. Aqui nestes pequenos textos faltam rigor acadêmico e muitas vezes gramatical. Mas estou feliz, vocês são crianças lindas e saudáveis, já o primogênito esta na batalha dos estudos para adentrar na UNB. Eu li o primeiro livro escrito por Jorge Amado, O país do Carnaval, lá ele disserta sobre uma juventude perdida cética numa sociedade conservadora e temerosa dos avanços progressistas do mundo. E ligo a obra aos acontecimentos que o país vive agora, rachado , com convulsões sociais , radicalismos fascistas e resistência. A resistência corresponde a classe trabalhadora , a membros e instituições progressistas da sociedade. O clima lembra os momentos antes do golpe de 64, sinto cheiro e vejo manifestações de golpismo. Sou contra o golpismo, ao me ver se trata disso, ou impedimento como preferem alguns, embora eu mesmo veja esse governo com desconfiança, não percebo que o impedimento a toque de caixa político vá salvar o Brasil da crise. O Brasil precisa de uma reforma política urgente , coisa que a elite não quer e paga por isso , paga para que não se efetive. Declaro aqui, não sou mais petista, me desfilei antes dessa crise, não fugi, não me arrependi, mas não tive voz o no tempo que me sujeitei aos "mandos " partidários. Mas tenho me relacionado com gente interessante , gente que faz diferença como os ativistas da Rede de advogados e advogadas populares -Renap, também tenho participado da rede de entidades "DF em Movimento", tenho aprendido muito sobre política e direitos humanos. Meus filhos o futuro, no futuro, desejo estar com vocês, mas alerto aqui, ele chega logo, toma nossa vida e pesa em nossos corpos. Portanto, se preparem , sejam proativos, busquem o conhecimento, façam artes marciais, leiam poesia,façam grandes amigos, e se preparem intelectualmente para o mercado de trabalho que tende a ser mais voraz. Quero muito encontrar com vocês no futuro vitoriosos, amados e amando. Do pai de vocês , que os ama demais, Álisson Lopes

quarta-feira, 6 de abril de 2016

O DISCURSO DO ÓDIO DESTRÓI UMA NAÇÃO

A democracia brasileira ainda é recente , jovem e constantemente ameaçada. Desde a invenção do Brasil é anseio dos filhos dessas terras , um dia pindorama, a liberdade. As nações formadoras do Brasil, ontologicamente, no princípio, não viveram harmonicamente. Os três povos: europeus portugueses , indígenas de inúmeras nações, e os povos africanos em sua pluralidade formaram o povo brasileiro a ferro e fogo. Os indígenas foram vitimas de genocídio em nome de uma eugenia sempre perversa, a diáspora negra foi um dos capítulos mais sangrentos e covardes da história da humanidade. Mesmo após a proclamação da república, uma quartelada, os direitos civis se mantiveram só para as classes dominantes, mesmo após a abolição da escravatura o racismo institucional continuou, sem reparação, mulheres sem direito a voto, votos de cabrestos e o coronelismo. O Estado brasileiro sedimentava um aparato opressor contra as camadas mais populares e a sociedade sustentava um cotidiano baseado na misoginia , no racismo e privilégios aos ricos. Os ideias da revolução francesa: fraternidade, igualdade e liberdade abraçou os ideais burgueses, sendo prerrogativas de poucos , deixando o povão em luta pela sua universalização. Somente após o final da Segunda guerra mundial a Organização das Nações Unidas estabelece a “ Declaração universal dos direitos humanos”, diploma este que é desrespeitado todos os dias. A constituição brasileira de 1988 recepciona os diplomas legais internacionais que vislumbram e defendem os direitos humanos, a diversidade, a alteridade das nações e da dignidade humana . Porém nitidamente temos vivenciado afrontas ao direito a vida, a dignidade humana, aos direitos sociais. Na conjuntura politica brasileira , neste momento de crise politica e econômica, vem à tona ideologias fascistas que disseminam o ódio entre classes e grupos étnicos , religiosos e políticos. E neste contexto sombrio que um país que em continuo progresso civilizatório deve defender os mais diversos ideias humanistas para não permitir a volta da barbárie e o fim da democracia. O discurso de ódio manifestado nas mais adversas matizes precita uma luta fratricida e que tem como desdobramento mais ódio. O empoderamento por intermédio da educação e conscientização popular é o caminho para a implantação de uma sociedade justa e menos desigual. Álisson Lopes