Capoeira é história

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quarta-feira, 6 de abril de 2016

O DISCURSO DO ÓDIO DESTRÓI UMA NAÇÃO

A democracia brasileira ainda é recente , jovem e constantemente ameaçada. Desde a invenção do Brasil é anseio dos filhos dessas terras , um dia pindorama, a liberdade. As nações formadoras do Brasil, ontologicamente, no princípio, não viveram harmonicamente. Os três povos: europeus portugueses , indígenas de inúmeras nações, e os povos africanos em sua pluralidade formaram o povo brasileiro a ferro e fogo. Os indígenas foram vitimas de genocídio em nome de uma eugenia sempre perversa, a diáspora negra foi um dos capítulos mais sangrentos e covardes da história da humanidade. Mesmo após a proclamação da república, uma quartelada, os direitos civis se mantiveram só para as classes dominantes, mesmo após a abolição da escravatura o racismo institucional continuou, sem reparação, mulheres sem direito a voto, votos de cabrestos e o coronelismo. O Estado brasileiro sedimentava um aparato opressor contra as camadas mais populares e a sociedade sustentava um cotidiano baseado na misoginia , no racismo e privilégios aos ricos. Os ideias da revolução francesa: fraternidade, igualdade e liberdade abraçou os ideais burgueses, sendo prerrogativas de poucos , deixando o povão em luta pela sua universalização. Somente após o final da Segunda guerra mundial a Organização das Nações Unidas estabelece a “ Declaração universal dos direitos humanos”, diploma este que é desrespeitado todos os dias. A constituição brasileira de 1988 recepciona os diplomas legais internacionais que vislumbram e defendem os direitos humanos, a diversidade, a alteridade das nações e da dignidade humana . Porém nitidamente temos vivenciado afrontas ao direito a vida, a dignidade humana, aos direitos sociais. Na conjuntura politica brasileira , neste momento de crise politica e econômica, vem à tona ideologias fascistas que disseminam o ódio entre classes e grupos étnicos , religiosos e políticos. E neste contexto sombrio que um país que em continuo progresso civilizatório deve defender os mais diversos ideias humanistas para não permitir a volta da barbárie e o fim da democracia. O discurso de ódio manifestado nas mais adversas matizes precita uma luta fratricida e que tem como desdobramento mais ódio. O empoderamento por intermédio da educação e conscientização popular é o caminho para a implantação de uma sociedade justa e menos desigual. Álisson Lopes

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