Capoeira é história
sexta-feira, 21 de março de 2014
A hora da Guerra
As linhas que se seguem dizem respeito ao livro de Jorge Amado, obra de nome homônimo ao título, e relata as crônicas que o autor baiano fez durante a segunda guerra mundial. Pode-se vislumbrar a leitura de uma época que marca uma improvável e vital aliança entre comunismo e capitalismo para vencer o nazifacismo.
É preciso atentar que obra demonstra também o sentimento da época em relação à ascensão do stalinismo por parte do autor. E pensar que a ameaça nazista esteve tão perto de dominar o mundo e que ainda aqui no Brasil nesta terra multicultural tivemos brasileiros acometidos de tal enfermidade adotando o nome de integralistas e tendo como líder maior o Plínio Salgado. Fico ainda mais surpreso quando percebo na atual conjuntura política o avanço da extrema direita pelo mundo e a ameaça nazista manifestando-se novamente como zumbis num filme de terror no mundo e aqui na América Latina.
Em tempos de crise política/econômica e a falta de esperança, o fantasma da intolerância a diversidade cultural surge fortalecida com a ignorância e o egoísmo. A extrema direita que Hitler defendia condenava e assassinava com altos índices de crueldade negros, judeus, homossexuais e os outros povos, além de suas fronteiras, como na Antiga Roma, eram considerados meros subumanos aptos a exploração.
Então, percebo que a ignorância, a falta de conhecimento, de humanidade são fatores que justificam manifestações ainda no século XXI de extrema direita que segregam e matam pessoas como o cancro do nazismo já o fez.
Vale sim fazer uma releitura do passado, principalmente, em ano eleitoral para compreender que algumas mentalidades não são estanques da história e nem são novidades. Algumas ideologias postas são desdobramentos de pensamentos do que passou e deve-se pesar quando feita a crítica política da atualidade.
Álisson Lopes
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário