Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

segunda-feira, 31 de março de 2014

Uma pequena nota

Em 31 de março de 1964, o Brasil adormeceu numa democracia moribunda e acordou já em abril em uma ditadura golpista, dantescamente autodenominada de revolução. Foram 21 anos de morte a vontade do povo brasileiro, principalmente do mais pobre, mais esquecido. Foram covardemente mutilados de seus direitos quilombolas, indígenas, nordestinos. Ainda existiam os que acreditavam no milagre brasileiro que foi desmascarado no primeiro governo civil após o período ditatorial. A crise de representatividade também é herança da ditadura militar, da soberba dos que mandavam e enriqueceram com o regime, dos que torturavam e rasgaram a lei, todas as leis, as dos homens e as de Deus com suas sevícias. Que cada general saiba que sua ação e/ou omissão permitiu a instauração da barbárie nos porões e nos quartéis da ditadura. Hoje, 50 anos depois, devemos continuar nutrindo o que a ditadura tentou erradicar, a liberdade, o debate político e a consolidação do ideal democrático. Então, não existe momento mais oportuno de se discutir a conjuntura política, fortalecer os verdadeiros representantes do povo e principalmente renovar quadros, formar jovens solidários. O momento é de urgência, de firmar alianças para um projeto maior e progressista. Que exista o debate, que se tenham divergências e que a bílis chegue ao duodeno e não saia pelas ventas, tudo em nome de um projeto maior, de coletividade e solidariedade. Participei de um seminário na OAB-DF, onde o Jornalista Jaime Sautchuk e o Advogado Márcio Guimarães Nunes, brilhantemente relembraram o golpe de 64 e o conflito rural conhecido como a Guerrilha do Araguaia, este segundo foi tema da minha monografia de final de curso e posteriormente da minha especialização, sobretudo marcou para sempre minha militância pelos direitos humanos. Abraço fraterno, Álisson Lopes

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