Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

sábado, 12 de abril de 2014

O imperialismo existe sim !

Brincar de viver: escrevi ouvindo essa música interpretada por Maria Bethania Prezado amigo , Realmente, a correria infame dos dias atuais nos separa dos bons debates, de fato, às vezes me sinto como um operário alienado massacrado pela pesada rotina braçal que o impede de ver como é bom viver à vida com música, poesia e literatura. Porém, tenho conseguido em meio tantos “entretantos”, vislumbrar o crescimento dos meus filhos, que é o fato/ato, mas importante que um homem pode desejar fazer, que é criar seu filho, e logo, com o outro (a) que já vai chegar. Desculpe-me, mas do texto que você cordialmente me enviou, respondo teimosamente sobre o tal e distante “imperialismo” que o companheiro Beto Almeida tanto fala e crítica. Antes fosse só um jargão do esquerdismo pós-segunda guerra, ou até antes já visto por Marx no século XIX. Contudo, meu amigo, essa ideia abstrata e tão deslocada da realidade diuturna, segundo a visão de muitos, marcou a ferro quente a África em sua colonização, descolonização, violentando até hoje, pela mesma rapina de matéria-prima e vidas, “diamantes de sangues.” Como a praga é global, o que dizer da exploração das veias abertas da América Latina, bem ilustrada na obra de Eduardo Galeano de mesmo nome. E não podemos esquecer também dos cinquenta milhões de pessoas que morreram no saldo final das duas grandes guerras, fruto dos conflitos interimperialistas, isso tudo aconteceu num período recente da história da humanidade, um século, um pequenino tempo, quando minha mãe nasceu tinha acabado de terminar a segunda guerra. Então, o imperialismo não é tão distante, na realidade é uma das manifestações do capitalismo expansionista que em sua fome infinita precisa de consumismo e matéria-prima, sofre metamorfoses, se atualiza. No caso, da própria Venezuela, logo quando Hugo Chavez assumiu o poder com sua política bolivarista e antiestadunidense, o país foi ameaçado de invasão pelos E.U.A , sem contar as invasões da mesma potência no Afeganistão e no Iraque. Tudo, ilustre amigo, evoluiu, os processos de dominação e exploração avançaram, mas quando uma potência topa com os interesses das outras, infelizmente são nas armas que se resolve, a diplomacia é deixada de lado. Não se esquecendo dos sucessivos golpes militares promovidos pelos E.U.A, em sua política imperialista na doutrina Monroe: “América para os Americanos” e no “big stick” na América Latina e especialmente aqui no Brasil, fatos tão recentes e mal resolvidos. A política imperialista não está em desuso, como também as ideias nazifacistas que ainda assombram o mundo. É preciso atentar que não digo “verdades”, pois toda verdade é relativa, tem dois lados ou mais, nenhuma verdade é absoluta quando se trata de política. Acreditar em tudo é loucura, acreditar em nada, é faltar esperança. Sim. Hoje faço parte de um partido, nem sempre foi assim, e acredite sou um grande crítico dele, mas mesmo que você não seja filiado a um partido, você não é apartidário. Ou você reforça ou destrói. E o futuro pode ser melhor ou pior depende do nosso envolvimento. Abraço fraterno, Álisson Lopes

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