Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

domingo, 31 de julho de 2011

Toque de São Bento de Angola por Paulo César Pinheiro

Nesse mundo, Camará
Mas não há, mas não há,
Mas não há quem me mande,
Eu só sei obedecer
Se mandar, mandar
São Bento Grande...
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

Meu avô já foi escravo
Mas viveu com valentia,
Descumpria a ordem dada,
Agitava a escravaria,
Vergalhão, corrente, tronco,
Era quase todo dia,
Quanto mais ele apanhava
Menos ele obedecia...
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

Quando eu era menino
O meu pai me disse um dia:
A balança da justiça
Nunca pesa o que devia,
Não me curvo alei dos homens,
A razão é que me guia,
Nem que seu avô mandasse
Eu não obedeceria...
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

Esse mundo não tem dono
E quem me ensinou sabia
Se tivesse dono o  mundo
Nele o dono moraria
Como é mundo sem dono
Não aceito hierarquia
Eu não mando nesse mundo
Nem no meu vai ter chefia...
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

Nesse mundo, Camará
Mas não há, mas não há,
Mas não há quem me mande,
Aprendi com Mangangá
Respeitar só se for
São Bento Grande
é de Angola, é de Angola, é de Angola,
de Angola, de Angola, de Angola,

sábado, 30 de julho de 2011

Boicote

Uni-vos então irmãs e irmãos,
Lutemos em prol de nossa libertação,
Do jugo de idiotas, patifes, imbecis,
Que querem impedir o hip hop em nosso país,
Ou transformar em moda, ai é foda,
Só vai aparacer bodinho na tv, a gente vai se foder,
Por culpa de tipinhos,
Que nunca foram na Ceilândia, em favelas,
Nas periferias, nas quebradas de São Paulo,
Nunca pisaram na São Bento,
Mas vão jurar que fazem parte do movimento,
Juntem-se breaker's, rapper's, grafiteiros,
Do Df, de São Paulo, BH, Goiânia, Maranhão, Piaui, Ceará,
Unidos nós somos foda, o bicho vai pegar,
Temos que atacar,
Formemos nossa guerrilha, vamos arrembentar,
os alicerces do sistema, não tenham pena,
Agindo com inteligência, sem violência,
Com certeza eles sofrerão as consequências,
De seus atos insanos, pseudos seres humanos,
Nos B.Boys não nos enganamos,
Pois a longa distância sentimos o cheiro deles,
X diz a vocês; agora é nossa vez,
Vamos mostrar a todos o tanto que somos fortes,
Boicote, Boicote
Vamos mostrar a todos o tanto que somos fortes,
Boicote, Boicote
Vamos atacar por todos os lados,
Manter os escroques sob fogo cruzado,
Grafites nas paredes, Break nas ruas, rap nos salões,
Emissoras e rádio, televisões,
Quando se derem conta estarão dominadas,
Entremos pelos poros, por todas as bechas,
Olhos, ouvidos, narinas, aparando arestas,
Ligar para rádios, perturbar, infernizar os caras,
Comer o juízo se for preciso, eu não ligo,
Se disserem que eu encho o saco, o fato,
É que queremos ouvir rap nacional, na programação normal,
Sem dar mole para pilantra, um abraço,
Nós merecemos ter o nosso espaço,
Temos que exigir, o que queremos ver, ouvir, ler, vocês vão ver,
Se essa porra melhora ou não melhora, tem que ser agora,
E se um deles recuzar, quizer dar uma de forte,
A solução é bem simples véi, Boicote,
Vamos mostrar a todos o tanto que somos fortes,
Boicote, Boicote
Vamos mostrar a todos o tanto que somos fortes,
Boicote, Boicote.

                                 CÂMBIO NEGRO

quinta-feira, 28 de julho de 2011

toque de tico-tico

Eu, em chão de senzala, não fico
Me tira daqui tico-tico
É no pé, é na asa, é no bico
Me tira daqui tico-tico
Pau que dá em Francisco, dá em chico
Me tira daqui tico-tico
Quando o galo cantar eu me pico
Me tira daqui tico-tico

Camará ninguém dá tombo
Num guerreiro de Guiné
Vou-me embora pro quilombo
Lá de Ilha de Maré

Não nasci pra capacho de rico
Me tira daqui tico-tico
Não sou besta de carga ou jerico
Me tira daqui tico-tico

Capoeira escondida eu pratico
Me tira daqui, tico-tico
Pra lutar com feitor ou milico
Me tira daqui tico-tico

Todo mundo é rei sem trono
Não se vive na corrente
Passarinho não tem dono
Nem gente é dono de gente

É com quem tem poder que eu implico
Me tira daqui tico-tico
Com pancada eu não me modifico
Me tira aqui Tico-tico
Pra para de bater não suplico
Me tira daqui tico-tico
Vou morrer mas não peço penico
Me tira daqui tico tico


Paulo César Pinheiro- CD- Capoeira de Besouro-

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Toda escola deveria ser um Quilombo

       A escola deve apresentar-se como espaço da liberdade, ambiente libertário de caducos paradigmas. O racismo é um deles, hoje o racismo é crime, positivado no código pena em seu artigo:  
                                                                          A Lei 7.719/1989, conhecida como Lei Caó, que                 classifica o racismo como crime inafiançável, punível com prisão de até cinco anos e multa, é pouco aplicada.
          O racismo é muito mais que discriminação ou preconceito racial, é uma doutrina que afirma haver relação entre características raciais e culturais, defendendo que algumas raças são por natureza, superiores a outras.
          Em 2003, entra em vigor a lei n° 10.639 que torna obrigatório o ensino da história da África e dos afro-brasileiros no ensino fundamental e médio com objetivo de mudar ideologia de povo colonizado, ou seja, formatado.
          No Brasil há um racismo camuflado, disfarçado de democracia racial. Tal mentalidade é tão perigosa quanto a que é assumida, declarada. O racismo camuflado é traiçoeiro: não se sabe exatamente de onde vem. Tanto pode manifestar-se nos regimes autoritários quanto nas democracias.
           A escola deve oferecer resistência e atitudes de vanguarda contra ideologias conservadoras herdadas do colonialismo europeu.
          Nos quilombos as organizações sociais funcionavam possibilitando a convivência entre os marginalizados, os páreas do sistema escravocrata. Portanto, no período escravocrata, negros, indígenas e brancos pobres se articulavam em aldeias formando em todo Brasil quilombos onde podiam a revelia do Estado Português praticarem a liberdade e o dom da civilização.
         No dia 20 de novembro de 1692, Zumbi foi assassinado e esquartejado. Seus Restos mortais foram salgados e deixados apodrecer em praça pública no Recife.
         O general Zumbi, líder do Estado de Palmares, lutou contra a escravidão e o racismo de forma pragmática e ostensiva. Sua derrocada, não inviabilizou a luta contra a escravidão. Contrariamente, motiva até hoje, ultrapassando os séculos. A história do racismo no Brasil é a história da luta contra a escravidão.
         A escola deve permitir a reflexão e a sensibilização contra a intolerância, a desigualdade, o preconceito, o racismo e o esteriótipo.
         A escola deve ensinar o que determina a diferença na cor da pele é a melanina, substância em nosso organismo que define a cor dos olhos, cabelos e pele. Na humanidade somente existe uma raça, a raça humana, temos etnias diversas. As diferenças, tais como cor da pele, religião, opção sexual devem ser respeitadas, mas as desigualdades, tais como pobreza, miséria devem ser banidas.
        Os negros do Brasil possuem como ancestrais os povos africanos, berço da humanidade, cultura e ciência. A civilização egípcia, por exemplo, uma esplêndida civilização negra, como tantas outras grandes civilizações.  A cultura negra inegavelmente formou o Brasil e o mundo.
        Todo o povo brasileiro deve conhecer a história africana, pois também é nossa história, como também a indígena como prevê a lei 11.645/08. Todos devem compreender o que é racismo e não permitir mais a sua existência. A importante cultura negra está apresentada no maracatu, cacuriá, capoeira, umbanda, candomblé, rock n’roll, hip hop, samba, entre outros.
        Tivemos incontáveis guerreiros defensores da liberdade, como Zumbi, Mathin Luther King, Malcon X, os panteras negras, João Cândido, Luiz Gama, Oswaldo Orlando Costa, Mestre Bimba, Mestre Pastinha, Nelson Mandela, Mãe Menininha do Cantois, GOG, Cassius Clay, a lista não tem fim.

                               Saravá Negritude, Álisson Rafael
       



A capoeira e a apropriação do espaço público

       A apropriação do espaço público pela capoeragem foge de um sistema pré-estabelecido de ocupação urbana. A capoeragem ocupa praças, parques, quadras esportivas, salões comunitários, associações, muitas vezes de forma improvisada e espontânea, ocupam estes espaços, desenvolvendo uma atividade comunitária, se apropria do espaço público em prol da coletividade. Este fenômeno contrapõe o individualismo de ocupação territorial do espaço urbano, da privatização do terreno baldio.
        As rodas de capoeira no espaço público são abertas à comunidade, propiciam uma mobilização popular, atraem, fortalecem politicamente o movimento da capoeira de forma espontânea nas suas diversas vertentes. A capoeira mais uma vez me surpreende por promover a ocupação do espaço público, muitas vezes abandonado, e garantindo sua eficiência para a coletividade. O espaço público deve manter o caráter de atender o apelo popular, sendo em praças, parques e continuar atendendo a mobilização da comunidade, pois é neste território que se constrói a identidade do povo, tendo como desdobramento uma comunidade unida e humana.
                                            Axé, Álisson Rafael
      

sexta-feira, 22 de julho de 2011

SALVE!!!

Jorge Da Capadócia

Jorge Ben Jor

Composição: Jorge Ben Jor
Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés, não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos, não me peguem, não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo, meu corpo não alcançará
Facas, lanças se quebrem, sem o meu corpo tocar
Cordas, correntes se arrebentem, sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é de Capadócia, viva Jorge!
Jorge é de Capadócia, salve Jorge!
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum
Ogam, Ogam toca pra Ogum
Jorge é da Capadócia
Jorge é da Capadócia
Jorge é da Capadócia
Jorge é da Capadócia
Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum
Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum

Flamengo até morrer

É, esse time é igual aquele
O time do povo
Flamengas... Flamengo
Hei, he, flamengão
Não bate nessa bola com desprezo
Toca nela com razão
Igual a você com muita fé e coragem
Existe mais um, o alvi-negro do parque
Na cidade-mar você quem manda em tudo
Flamengo Brasil você é grande no mundo
Flamengão
Hei, he, flamengão
Não bate nessa bola com desprezo
Toca nela com razão
O toque de bola desse time é um encanto
Só existe gênio nesse meio de campo
Adílio de um lado, Carpegiane do outro
Manguito, Becão batendo até no pescoço
Na frente rei Zico com toque desconcertante
Lançou o Cláudio Adão que colocou no barbante
Flamengão
Hei, he, flamengão
Não bate nessa bola com desprezo
Toca nela com razão
Com essa galera te aplaudindo noite e dia
Flamengo quando ganha o povo vibra de alegria
Lá no gramado verde a bola rola bonito
Mais um gol no placar de longe ouve os gritos
É gol
Hei, he, flamengão
Não bate nessa bola com desprezo
Toca nela com razão
É, esse é igual aquele preto e branco
Cheio de amor pra dá, é
Hei, he, flamengão

Eu jogo...

Vamos embora camarada
Vamos sair dessa jogada
Vamos embora camarada
Vamos sair dessa jogada
Quem tem amor tem coração
Capoeira é que não dá pé não
Quem tem amor tem coração
Capoeira é que não dá pé não
Pois quem é filho de Deus
Deve ajudar os companheiros seus
Pois quem é filho de Deus
Deve ajudar os companheiros seus
Mesmo sofrendo mesmo chorando
Negro tem que levar a vida cantando

IV Encontro de Educadores Populares

Prezadas Instituições Educacionais e Camaradas Capoeiristas
    Neste segundo semestre de 2011, daremos continuidade nos encontros sobre educação popular e capoeira na educação pública. Nosso objetivo é contemplar os trabalhos desenvolvidos dentro das escolas públicas do DF e destacar as boas experiências.
    Então, é com imensa felicidade que anunciamos o IV Encontro de Educadores Populares com o ilustre Cidadão Honorário do DF, o Mestre Tabosa e também com a participação do Mestre Skysito. Neste momento privilegiado, teremos a oportunidade de compreender a vivência e a obra desses dois importantes mestres.
     Esta imperdível atividade será realizada no dia 17 de agosto de 2011, quarta-feira, tendo início às 09 horas e o término às 12 horas, na DRE-Guará, QE 38, área especial “D”, ao lado do Colégio Rogacionista. Contato: 3901-6657, Profª Neide Rafael, Profª Marcia e Profº Álisson Lopes.
     Várias ações vêm sendo tomadas a respeito da prática da capoeira na sociedade do DF por mestres, grupos e outros setores significativos, todas as reuniões, encontros, debates são importantes, fundamentais e a Diretoria de Ensino do Guará apóia todas estas iniciativas.

                         “Quem mobiliza e faz tem que ter o seu espaço reconhecido”
                                        Equipe DRE-Guará

Saravá

Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há
Um princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados num carro de boi
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
Dum lado cana de açúcar
Do outro lado o cafezal
Ao centro senhores sentados
Vendo a colheita do algodão tão branco
Sendo colhidos por mãos negras
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Quando Zumbi chegar
O que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
È senhor das demandas
Quando Zumbi chega e Zumbi
É quem manda
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver

Meu Pai Oxalá

Meu pai Oxalá

Vinicius de Moraes

Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá
Vem das águas de Oxalá
Essa mágoa que me dá
Ela parecia o dia
A romper da escuridão
Linda no seu manto
Todo branco
Em meio à procissão
E eu
Que ela nem via
Ao Deus pedia amor
E proteção

Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
Que vontade de chorar
No terreiro de Oxalá
Quando eu dei
Com a minha ingrata
Que era filha de Iansã
Com a sua espada
Cor-de-prata
Em meio à multidão
Cercando Xangô
Num balanceio
Cheio de paixão

Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
Meu pai Oxalá
É o rei
Venha me valer
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
O velho Omulu
Atotô, Obaluaiê
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá
Atotô, Obaluaiê
Atotô, babá

ZAMBI

Zambi

Vinicius de Moraes

Composição: Vinicius de Moraes / Edu Lobo
É Zambi no açoite, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
É Zambi na noite, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
Chega de sofrer, ei!
Zambi gritou
Sangue a correr
É a mesma cor
É o mesmo adeus
É a mesma dor
É Zambi se armando, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
É Zambi lutando, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
Chega de viver, ê
Na escravidão
É o mesmo céu
O mesmo chão
O mesmo amor
Mesma paixão
Ganga-zumba, ei, ei, ei, vai fugir
Vai lutar, tui, tui, tui, tui, com Zambi
E Zambi, gritou ei, ei, meu irmão
Mesmo céu, tui, tui, tui, tui
Mesmo chão
Vem filho meu
Meu capitão
Ganga-zumba
Liberdade
Liberdade
Liberdade
Vem meu filho
É Zambi morrendo, ei, ei, é Zambi
É Zambi, tui, tui, tui, tui, é Zambi
Ganga Zumba, ei, ei, ei, vem aí
Ganga Zumba, tui, tui, tui, é Zambi

Berimbau

Berimbau
Quem é homem de bem
Não trai!
O amor que lhe quer
Seu bem!
Quem diz muito que vai
Não vai!
Assim como não vai
Não vem!...

Quem de dentro de si
Não sai!
Vai morrer sem amar
Ninguém!
O dinheiro de quem
Não dá
É o trabalho de quem
Não tem!
Capoeira que é bom
Não cai!
E se um dia ele cai
Cai bem!...

Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...

Quem é homem de bem
Não trai!
O amor que lhe quer
Seu bem!
Quem diz muito que vai
Não vai!
Assim como não vai
Não vem!...

Quem de dentro de si
Não sai!
Vai morrer sem amar
Ninguém!
O dinheiro de quem
Não dá
É o trabalho de quem
Não tem!
Capoeira que é bom
Não cai!
E se um dia ele cai
Cai bem!...

Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...

Hê! Hê! Camará!
Hê! Hê! Camará!
Hê! Hê! Camará!
Hê! Hê! Camará!
Composição: Baden Powell e Vinicius de Moraes

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Monografia no ramo do direito ambiental

Prezado amigos,
Minha monografia A história da capoeira no Brasil: da marginalização a condição de patrimônio cultural foi publicada  no Conteúdo Jurídico no seguinte link:
http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=.27659

Nota de esclarecimento

Nota de esclarecimento sobre o movimento institucional promovido pela Regional de ensino do Guará sobre educadores populares

Prezados Mestres,

A Regional de Ensino do Guará tem fomentado o encontro de educadores da capoeira, grafite, skate, entre outros. A motivação é de instrumentalizar a linguagem da paz com elementos da rica cultura brasileira e sua maravilhosa diversidade.

O movimento é legitimamente educacional. Sinceramente, acreditamos que a capoeira e as demais artes, são meios libertadores da comunidade, em relação ao consumo de drogas e violência.

A capoeira já está na escola, faz-se necessário que ela esteja de fato na educação. Para tanto, os nossos encontros tornaram-se um movimento multicultural e social. E estamos conseguindo visibilidade e espaços para o debate.

Mas com o crescimento do movimento não podemos perder os princípios, como:

- O respeito pelo próximo e a tolerância com a diversidade cultural, religiosa e ideológica;

- A inclusão da capoeira na escola com identidade cultural;

-Garantir aos mestres antigos o respeito merecido e também as novas gerações que estão se formando e se consolidando;

-Não esquecer que o Mestre de Capoeira é uma liderança com direitos e deveres em relação a sua comunidade e aonde ele for irá representá-la;

-Que a cada encontro o participante se sinta bem e que considere o momento como aperfeiçoamento;

-Que o encontro seja participativo e deliberativo;

-A defesa da capoeira na educação: como jogo com o outro e não a opressão ao outro.

-O respeito aos camaradas do grafite, skate e hip hop e o devido espaço para sua arte.

No encontro que teremos com a parlamentar Professora Rejane Pitanga, Deputada Distrital, vamos mostrar coerência, boa vontade e boa fé, para que a primeira Audiência de educadores populares tenha o nosso espírito.

Temos orgulho de estar passando por este momento histórico de construção e sabemos que somente alcançaremos os objetivos almejados sem rivalidade e sectarismo. A capoeira como libertação da opressão. Axé.

“... Esse nego me ensinou,

Esse nego da calça rasgada, camisa furada,

Ele é meu professor...” Domínio público atenciosamente , Núcleo pedagógico do Guará

Educação Popular

Educação Popular na Escola Pública
Não podem existir oligarquias na educação pública, a educação é do povo, e o conceito de democracia não é demagogia.
O Mestre Professor Paulo Freire, vive ainda em sua obra, de maneira vanguardista, libertadora, venceu a coisificação da educação pela ditadura militar, hoje podemos movimentar a educação com atuação dos importantes educadores populares, conhecedores dos saberes do povo.
A capoeira é patrimônio nacional e o oficio de mestre de capoeira também está legalmente amparado. A capoeira é para todos, como a educação, a justiça e a liberdade.
Camaradas, jogar capoeira é um exercício da liberdade, a capoeira na escola não pode ser violenta, não pode instigar a violência, mas sim, demonstrar a paz, a diversidade e a tolerância com as diferenças.
Jamais duvidei que a capoeira, seja luta, e sinceramente, espero que ninguém cometa o equívoco de duvidar. Mas esta luta de guerreiros na educação nas escolas deve ensinar a paz, o autocontrole.
A escola necessita de capoeira com identidade cultural, com mandinga e axé!

Bom dia...

Bom dia para quem é de bom dia, boa noite para quem é de boa noite



Saravá Mestres. Venho através desta, solicitar que abençoem os nossos trabalhos e também socializar, com os senhores e demais camaradas algumas ações desenvolvidas em prol da capoeira e da cultura brasileira.

Hoje, temos um movimento de educadores populares que buscam a inclusão social, o saudoso Pedagogo Paulo Freire, ensinou que é possível diálogo entre antagônicos, é possível a paz, é possível e mais agradável vivermos com as diferenças culturais, temos de extirpar a desigualdade social.

No dia 19 de abril, eu, os camaradas Tony Guará (Mestrando/Gingado Capoeira) e Paulo Cesar (Vice-Diretor Do CED01 do Guará), nós participamos do II encontro de Diversidade da Regional de ensino de Santa Maria, lá tivemos preciosas palestras sensibilizando em relação à diversidade cultural, mas o momento mais importante, a nossa participação na roda de capoeira com os camaradinhas do ensino especial de Santa Maria, coordenada pela capoerista Angela Amoras, ali eu vivenciei o ritual e o ritmo. Os camaradinhas jogavam num envolvente jogo de dentro, com mandinga, com sabedoria e respeito ao próximo. Marcavam os golpes, sem acertar, mostrando uma peculiar e amorosa destreza, a energia estava incrível, era a pura manifestação do axé e do ijexá.

Porém, como nem tudo é floreio, tomamos uma banda no distúrbio que ocorreu no Ced04 do Guará, a insegurança pública, nua e crua na escola, foi como jogar-se no movimento do AÚ e tomar uma cabeçada na ponta da costela, enquanto as pernas ainda estavam no ar. Levantamos e a comunidade das cidades Estrutural e Guará, seus professores, alunos, pais e educadores populares já estão transformando a escola em de fato uma escola.

A educação popular na escola pública levou o movimento ao debate com a Deputada Distrital Rejane Pitanga, o Deputado Federal Roberto Policarpo e o Senador Paulo Paim, todos apoiaram as nossas ações. Conseguimos veicular o vídeo produzido pelo M.O.S.C.A sobre o II encontro da Capoeira e do Grafite na audiência que tinha como tema a violência na escola.

Agora no dia 28 de abril, quinta-feira, na Regional do Guará, teremos o III encontro de Educadores Populares,com o vanguardista Professor Luiz Eduardo, Luizão, será das 9 horas às 12 horas. Todos estão convidados, Axé!



Álisson Rafael, contato: 3901-6657

Contraversões

Contraversões

A capoeira abriu espaços que como professor de história, eu não tinha, mesmo dentro da própria SEEDF, com os alunos e com a comunidade. A capoeira, o movimento da capoeira me fez ver os atores sociais, os educadores populares, a cultura popular na rua com o povo.
Ver é tomar conhecimento, compreender é vivenciar, andar nas rodas, seja no museu da república, no ensino especial em Santa Maria, nas praças do Guará, nas escolas em São Sebastião, na Samambaia, na Ceilândia. Isto me despertou um sentimento de pertencimento que ninguém pode mais tirar. Jogar no asfalto quente, criar bolhas nos pés, sentir olhar preconceituoso de alguns ou a perplexidade de outros. Mas a capoeira ensina ativismo político, o poder do popular. Portanto, procuro o diálogo com todos do povo, o conhecimento popular, dizem que sou franco atirador, devo ser, sou filho de Oxossi, sou mandigueiro, caçador, tenho fé que minha mandinga é certeira. Mas o tempo pede conciliação, perdão e sustentabilidade. Eu sou povão, não acredito em heróis, acredito em lideranças que compreendam o povo e que façam parte dele.
Precisamos de identidade cultural, começando pelos que têm a pretensão de nos representar, todos de boa-fé, com a diversidade que cada um representa. Não precisamos de capitães do mato, nem de pai dos pobres, manipuladores. A verdadeira liderança representa o movimento é o movimento. O que seria de Zumbi sem os quilombolas? De Napoleão sem suas tropas? Da capoeira sem capoeiristas? Dos mestres sem alunos? Dos deputados, senadores sem o povo?
O povo é o poder, a democracia é o povo, as decisões não podem partir de meia dúzia de iluminados. Eu penso nisto todo dia, como ajudar aqueles que foram solapados da vida digna, como? Humildemente quero participar das decisões políticas que interferem na minha vida e da minha comunidade, não apenas pelo voto, mas pelo debate. Nas nações indígenas cacique é o porta-voz do povo da tribo, em nossa sociedade cacique é o cara safado que não te deixa participar das decisões que interferem na sua vida. Mas o galo cantou, um dia encontro com o cacique fajuto que atenta contra minha liberdade, aí a casa cai.
Vamos mobilizar o povo, pois quem faz merece respeito e espaço.
Pela verdadeira representatividade, Álisson Rafael

Considerações

A capoeira e a educação pública

“Menino quem foi teu Mestre”? Tradição, cultura e ativismo estão presentes em várias rodas de capoeira que pude vivenciar, mas ainda temos para alguns um paradoxo no ensino da capoeiragem nas escolas públicas, questão já resolvida no meu entendimento. Pois temos professores de disciplinas especificas que são autorizados a ministrarem as aulas de capoeira, mas ainda em número pequeno para atender as mais de 600 escolas do DF. Portanto, contamos com a presença de voluntários da comunidade que de forma interativa fomentam a capoeira nas escolas, são pessoas da comunidade, esta que deve participar da escola, ou vão barrar a comunidade na própria comunidade? O educador popular não rivaliza com o servidor professor da rede pública. Mas devemos também destacar a obrigação do gestor das instituições escolares públicas de dialogar com a sua comunidade e contemplar no projeto político pedagógico a participação da comunidade escolar, o gestor tem o poder discricionário de aceitar ou não o voluntário, lembrando que a escola não é uma ilha.
Axé, Álisson Rafael

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Crônica de um Berimbau

Prezados companheiros e camaradinhas,

           O que vou compartilhar é verdade, mas que cada um acredite na verdade que achar melhor.
           Um não tão jovem capoerista, estava a muito afastado das rodas de capoeira, a tempo suficiente para esquecer o axé que ela emana, então foi convidado a participar de uma roda num terreiro já conhecido e reconhecido. Foi com medo, preguiça e dúvida. O medo é por estar fora de forma e não aguentar um jogo mais duro, a preguiça de sair da rotina e a dúvida de praticar a capoeira ou abandonar.
            Mas chegando ao terreiro, o cheiro de incenso, foi uma recepção mágica, o toque do berimbau, instrumento de ligação transcendental, avisou ao plano espiritual do jogo de capoeragem. Eram bambas jogando, os melhores, foi então que o desanimado capoeira, entra no jogo. Como é bom lembrar, ele pensou, seu jogo o levou a um transe, o tim tim , dom dom, do berimbau, fez ele sentir o ijexá, o som oferecido aos orixás, respeitando o tim tim do berimbau , soltou seu golpes antes do som do dom dom, assim entre as pausas do som ele soltava seus golpes e gozava o som do ijexá.
            Seu jogo foi uma oferenda, ele começou jogando com a música, mas em transe, ele é a música, antes ele queria nadar como peixe, agora ele era a água. Após o jogo, seu espirito esta renovado, a capoeira é água de beber camará, água  benta de beber.
            Capoerista experiente, é como macaco velho e esperto não bota a mão na combuca. Não entra em qualquer roda, não senta de costas para porta, não usa roupa dos outros, e luta quando tem que lutar, mas se retira da querela quando tem que se retirar, sabe chegar e sabe sair.

                                                                                                                                                                    Álisson Rafael
Relatório sobre a reunião com o Deputado Federal Roberto Policarpo
       Aos 08 dias do mês de abril de 2011, sexta- feira, com início às 11 horas, na Assembléia Legislativa do DF, ocorreu a reunião dos Educadores Populares  com o Deputado Federal Roberto Policarpo, Partido dos Trabalhadores.
       Neste encontro, o Deputado comprometeu-se em fomentar a prática da Capoeira, Grafite e Skate nas escolas públicas do DF e em toda sociedade. O movimento destacou a importância da atuação dos Educadores Populares, como lideranças comunitárias, como agentes de cultura (cultura na Concepção plena: esporte, educação, política, arte).
       A importância da prática e o melhor uso da Capoeira Identitária na promoção das ações educacionais, tendo como objetivo a cidadania pautada nos Direitos Humanos e afirmação da política da paz social, na diversidade.
      O Deputado recebeu o relatório do II Encontro dos Educadores Populares e um documentário em DVD sobre o movimento. Informou que seu gabinete está aberto para atender os objetivos dos educadores populares e também pleitos individuais mediante agendamento. Também adentrou ao movimento como participante e organizador da audiência pública a nível federal.
       Em breve, todos nós, participaremos da I audiência Pública de Educadores Populares do DF. O Estado brasileiro, mediante a provocação dos Educadores Populares, deve legalmente garantir a atuação com os Mestres e Grupos de Capoeira e considerar a importância da mobilização sócio- cultural-educacional no processo.
        Temos o amparo da Lei n°12.288 de 2010, Estatuto da Igualdade Racial, seção IV, Do Esporte e lazer, artigo 22:
 “A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do artigo 217 da Constituição Federal.”
       Enfim, prezados camaradas, não podemos esquecer que a nossa mobilização é contínua, educacional e inclusiva. Somos esportistas, somos artistas, somos agentes da cultura popular e temos o compromisso de melhorar a educação do nosso país e não realizaremos esse objetivo se não valorizarmos a arte, o esporte e a cultura.
                                                                Brasília, 12 de abril de 2010
                                                Axé, Equipe do Núcleo Pedagógico do Guará
Relatório sobre a reunião com a Deputada Rejane Pitanga
       Aos 04 dias do mês de abril de 2011, segunda- feira, com início às 11 horas, na Assembléia Legislativa do DF, ocorreu a reunião dos Educadores Populares da Cultura da Capoeira, Grafite e Skate com a Deputada Distrital do Partido dos Trabalhadores, professora Rejane Pitanga.
       Neste encontro, mais uma vez, a Deputada ratificou seu compromisso em fomentar a prática da Capoeira, Grafite e Skate nas escolas públicas do DF e em toda sociedade. Também ficou destacada a importância da atuação dos Educadores Populares, como lideranças comunitárias, como agentes de cultura (cultura na Concepção plena: esporte, educação, arte).
       A importância da prática e o melhor uso da Capoeira Identitária na promoção das ações educacionais, objetiva a cidadania pautada nos Direitos Humanos e afirma a política da paz social, na diversidade.
       Em breve, todos nós, participaremos da I audiência Pública de Educadores Populares do DF. O Estado brasileiro, mediante a provocação dos Educadores Populares, deve legalmente garantir a atuação com os Mestres e Grupos de Capoeira e considerar a importância da mobilização sócio- cultural-educacional no processo.
        Temos o amparo da Lei n°12.288 de 2010, Estatuto da Igualdade Racial, seção IV, Do Esporte e lazer, artigo 22:
 “ A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do artigo 217 da Constituição Federal.”
       Enfim, prezados camaradas, não podemos esquecer que a nossa mobilização é contínua, educacional e inclusiva. Somos esportistas, somos artistas, somos agentes da cultura popular e temos o compromisso de melhorar a educação do nosso país e não realizaremos esse objetivo se não valorizarmos a arte, o esporte e a cultura.
                                                                Brasília, 05 de abril de 2010
                                                Axé, Equipe do Núcleo Pedagógico do Guará

O HOMEM SEM MEDO O CRACK MATOU

Morre um homem sem medo

        Já conheci homens e mulheres de coragem, mas sem medo foi somente um. Era um camarada, não era capoeirista, embora tivesse bagunçado algumas rodas. Lembro-me que na comunidade a qual eu fazia parte, ele era pioneiro, no uso da cola de sapato, maconha, merla, como diziam na época ele era cardápio, significava usar qualquer substância para ficar doidão.

        Mas o uso de drogas o levou a morte, mas antes, bem antes do seu organismo não agüentar as doses de álcool e crack e sucumbir abruptamente em um colapso aos 39 anos de idade. Este camarada era uma liderança, sem medo, sagaz, com uma inteligência incomum. Mas a escola não foi o seu caminho, ele escolheu viver a margem do convencional, foi marginal e marginalizado em todas as formas que a nossa sociedade sabe vociferar.

         Não conheci a família dele, o conheci nas ruas, da mulherada que era amante, da fama, das brigas, das garrafadas que deu e dos tiros que levou. Este cara foi meu amigo, me tirou de confusões, me apresentou várias gatas, nunca me ofereceu um baseado, nunca me desrespeitou.

         Ele, senhores, poderia ter sido, médico, advogado, polícia, mestre de capoeira. Mas morreu jovem, sem filhos, sem história (?), mais um.

         Mas como eu disse, era meu amigo, não tinha medo e nem arrependimento, era um valentão. Então, eu sei o que é ter sangue no olho, vejo alguns jovens o tempo todo com raiva, sem florescer, sem militância, alheios a história.

         Agora, eu posso e faço parte de um movimento que sensibiliza, mostra esperança e solidariedade. Tendo como objetivo salvar jovens, mostrar negritude, cultura e diversidade. Este amigo desencarnado, Oxalá o tenha, poderia ter sido (sei que não existe “se” na história) um novo Zumbi, João Cândido, Bimba, o que desejasse.

          Portanto, vamos passar com nossa dor, vamos salvar vidas, com o nosso movimento de Educadores Populares. Com a galera do grafite, skate e nossos camaradas capoeiristas. Senhores, a capoeira não é somente esporte, não é somente arte, não é somente cultura, é vida, é movimento, é liberdade, sem dono, sem coleira.

“Lobo que usa coleira, não é lobo, é cão” Esopo

Domínio público
                                                                     Quilombola, Álisson Rafael
Relatório sobre o II Encontro de Educadores da Cultura da Capoeira, Grafite e Skate

        Aos 18 dias do mês de março de 2011, sexta- feira, com inicio às 09 horas, ocorreu à segunda reunião de Educadores da Cultura da Capoeira, grafite e skate na Regional de ensino do Guará.

             Estiveram presentes; como membros componentes da mesa: Deputada Rejane Pitanga, Mestre Luiz Renato, Mestre Gilvan, Mestre Tabosa, Diretora do Cef 01 Verônica –Guará, Vice-diretor do Ced01 Paulo Cesar-Guará, Chefe do NP- Adriane Leão, Diretor da DRE/Guará- Zeca.   
     
             Compareceram os seguintes educadores: Mestre Dionizio (N’golo/SEEDF) Diego Dutra( movimento Cultural), Julimar Pereira do Santos (movimento Cultural), Victor Hugo Alves Araújo ( movimento cultural), Lucas Rafael (movimento Cultural), Instrutor Bruno Gomes de Faria (Gingado Capoeira), Instrutora Simone Araújo Arantes (Gingado Capoeira),Professora  Marta Pepita Nunes (Gingado Capoeira), Mestrando Francisco de Assis S. Junior (Tony Guará/Gingado Capoeira), Contra Mestre Lambão, Mestrando (Arte Luanda) Toco, Contra Mestre Paulo Emilio de Souza Reis(Centro Polirítmo de Capoeira-DF), Graduado André Felipe Cordeiro (Beribazu), Welton Profeta dos Reis(Graffiti), Instrutor Regis Silva Rabelo (Equipe Capoeira Brasileira), Formado Diego Araújo Segundo ( Equipe Capoeira Brasileira), Professor Osmar Antonini Lopes (Ed.Física/Pedagogo-SEEDF/Escola Classe 05), Professora Elehn Lúcia Szervinsks (SEEDF/CEF01, Mestre Alex Chales Rocha( Mestre Carcará/ Grupo Escola do Mundo Capoeira), Graduado Fabricio Faria Borges ( Centro Cultural Capoeira Porão), Coordenador Álisson Rafael (NMP-Guará), Coordenadora Neide Rafael (NMP-Guará), Chefe do Deic/Guará Heberth da Silva Mustafa, Érika Goulart Araújo, Vanessa S.Oliveira (Capoeira Raça), Pedro Ribeiro Fontes ( Capoeira Raça), Angela Amoras de Morais (Chapéu de Couro), Aluna Formada Gabriella Alencastro Veiga de Araújo, Marco Castilho( corda marrom), Cristiano Agripino de Lima, Simone Moura (coordenadora da escola integral do Ced04), Eliane Rosa dos Santos(NMP-Santa Maria), Marco Aurélio Braga (Assistente pedagógico da DRE-São Sebastião), Fábio Ferreira dos Santos(Águia Dourada),Edmilson Brandão, Francisco Pessanha Neto, Mestre Baleado (Gingado Capoeira), Nelcy C. Guimarães, Altamira P. Santana, Janaina di O. Santos, Maria Alexandrina, Aylton G. Carvalho, Cristiana L. M. Pontes, Luciana L. M. Amard, Arlete Martins B. neves, Edilene Santos, Salma Regia, Jaquilene De  O. D.Anjos, Liduina M.Sousa, Niudson M.Santiago, Rosane P. de Araujo, Maria Helena S. Araujo, Joana D’arc Moreira, Articulador Cristiano Lucas Ferreira (NMP/Guará), Coordenadora Liliana Braga.
            A reunião começou com o agradecimento pela presença aos participantes e apresentação do motivo do encontro pela mediadora Professora Neide Rafael.
           A mediadora Neide Rafael apresentou a composição da mesa e passou a palavra aos convidados que fizeram breves apresentações.
            O convidado palestrante Professor Luiz Renato, Doutor em Sociologia, Mestre de capoeira, explanou sobre a Capoeira no contexto contemporâneo, sociedade brasileira e sua volta pelo mundo. O ilustre Mestre Luiz Renato sensibilizou aos participantes a importância da capoeira não estar somente na escola, mas na educação.
          A professora Rejane Pitanga, Deputada Distrital, assumiu o compromisso de promover a primeira audiência pública de educadores populares do movimento. Para tanto foi marcado um encontro no dia 04 de abril de 2011com a deputada em seu gabinete na Câmara Legislativa do DF, às 11 horas.
          
        Os participantes do encontro deliberaram os seguintes pontos para encaminhamento:
1-    Que as metas envolvessem todas regionais e fossem aplicadas em todo DF;
2-    Novo encontro a ser realizado na sala de Reunião da DRE/Guará no dia 29 de abril de 2011, sexta-feira, às 9 horas;
3-     Formação de grupos de trabalhos para levantamento de demandas nas escolas;
4-    Envolvimento do grafite com as atividades da capoeira;
5-    Formação de um calendário com atividades relacionadas com a capoeira;
6-    Formação de um curso de aperfeiçoamento continuado para os educadores populares ;
7-    Efetivação institucional da parceria entre educadores populares e a SEEDF, tendo como meta buscar patrocínio público e privado para a viabilização de atividades culturais nas escolas;
8-    Diálogo entre os grupos atuantes nas escolas e cursos de formação com a colaboração de todos os mestres;
9-    Pleitear junto à secretária de educação que o nome dos voluntários seja publicado no diário oficial como reconhecimento do trabalho desenvolvido;
10- Participação do administrador do Guará, administrador da Estrutural e/ou seus representantes na próxima reunião para fomentar a prática da capoeira na Região administrativa do Guará e da Cidade Estrutural.
11-  Divulgação de todos os eventos relacionados à capoeira nas Instituições Educacionais;
12-  Desenvolvimento de atividades culturais integradas tais como a própria capoeira, cinema, Hip Hop, dança, teatro, grafite, atividades circenses, skate, entre outras.
13- Preparar para fazer um grande evento no Guará/Estrutural com apresentação de todas as expressões artísticas e esportivas dos educadores populares;
14- Desenvolver atividades com a capoeira nos intervalos escolares;
15- Criação de um espaço multicultual nas escolas e nas regionais;
16- Desenvolver a capoeira a partir das escolas classes por meio de gincanas e atividades lúdicas;
17- Instaurar um dia no calendário escolar da SEEDF para se trabalhar a história da capoeira;
18- Escolher e inaugurar um lugar para ser a “praça da capoeira” no DF;
19- Promover atividades específicas para capoeira com a comunhão de todos os grupos;
20- Criar acervo nas Regionais de ensino com material sobre a capoeira;
21-  Chamar mais  capoeiristas do DF para o III encontro,
22- Divulgar e convidar toda a comunidade do DF para o Curso de história da capoeira que será ministrado pelo professor Luiz Renato nos dias 13/05 e 20/05, na DRE-Guará, gratuito e com certificação da regional de ensino.
23- Agendar encontro com o Governador Agnelo e a secretária Regina Vinhaes para tratar da importância da capoeira nas escolas;
24- Comprometimento do núcleo pedagógico em trazer às respostas dos encaminhamentos no próximo encontro no dia 29 de abril de 2011, sala de reunião da DRE/Guará, às 11 horas;


(...) Capoeira na escola, capoeira na educação.”
                                                      Mestre Luiz Renato

                                          Brasília-DF, 28 de abril de 2011


                                            Adriane Leão Barbosa da silva
                                        Chefe do Núcleo Pedagógico/ Guará