Capoeira é história
sábado, 26 de julho de 2014
Suor de Jorge Amado
A obra SUOR do escritor Jorge Amado, é acida, demonstra em um casarão no início do século XX à extrema pobreza na Bahia.
Jorge Amado, militante comunista, descreve e narra as contradições de uma sociedade capitalista atrasada, dependente do capital externo como era a brasileira da época, onde explicitamente o conservadorismo provinciano das elites estagnava o país, e perversamente impunha à miséria humilhante ao povo pobre.
Hoje, avançamos socialmente e economicamente,embora ainda estejamos longe de um patamar justo e aceitável no que tange o índice de desenvolvimento humano, significa que é gente brutalizada pela fome e a pobreza, as contradições próprias do modo de produção capitalista persistem.
Contudo, existem manifestações das "consciências" de classe que combatem as mazelas do racismo, da homofobia, do machismo, da intolerância e da desigualdade social.
O Brasil ainda constitui um país de contradições em que convivem conflituosamente entre avanços progressistas, revolucionários, como também os demagógicos paliativos revisionistas, e os mesquinhos paradigmas arcaicos, defensores de uma sociedade hierarquizada, do eurocentrismo que alguns teimam em sustentar.
Álisson Lopes
Amor
O amor existe sim! O amor doce como uma jabuticaba que não dá vontade de parar de comer e sentir o sabor;
O amor existe sim! Louvação aos amantes que experimentam o amor, o amor de cuidar, de respeitar, de querer, de admirar, de não deixar, de reconhecer;
O amor existe sim! O amor faz conhecer, compreender, viver junto, comer, beber, sorrir, chorar e compartilhar;
O amor existe sim! O amor não tem culpa de não ser correspondido, ou de ser efêmero como chuva no sertão, durar uma pequena fração de segundos, mas mesmo pequenino assim muda uma vida;
O amor existe sim! O cuidar, o acreditar, a convicção do companheirismo, não tem como mensurar;
O amor existe sim! Mas tem peleja, tem desarranjo, tem enrabicho;
O amor existe sim e faz o mundo girar.
domingo, 20 de julho de 2014
O sol é para todos
O sol de ofício abrasa as costas do trabalhador,
É arguto o que se esquiva da eficiência solar nos momentos mais radiantes em terras terrestres;
Na vida que aprendi nos quartéis em baixo do sol, aqueles que me quebraram, me domesticaram com doutrina e dor, tinha como mantra em suas paredes e bocas de fardas que “ o sol é para todos e as sombras para alguns”;
É arguto o que se esconde nas sombras? Que deixa a maioria ao sol;
É infeliz o que se reflete ao sol? Pago pelos vendedores de tranquilidade e subordinação;
Admito, nunca fui um exímio vendedor, já me iludi e iludi uns tantos em matutar em vender ideias. Entretanto, em meio a tantos contratempos, faz um bom tempo que socializo meus sonhos, para junto com outros e também seus sonhos, tornarem tudo esperança.
A crise de representatividade não atenta só contra minha musa democracia, amor platônico, mas a fé na retidão humana rumo ao progresso progressista, ou que seja, ataca também a outra via, aquela que serpenteia pelo caminho em busca de um raio de sol, a evolução, sim a revolução da vida. O sol é vida e morte nas costas de quem abraça.
A sujidade de quem usa o sol como instrumento de sevícia é também a que destrói a crença na solidariedade.
Acredito em Deus e ele é solidariedade e sol;
Se tu esperas fórmula para vida, acomoda-te na longa fila de espera, porque em determinado momento tudo que você acredita pode não fazer sentido ou parecer perdido;
Aí, meu pobre, não haverá razão para você, ou então, mostre tua intuição, tua metafísica, que tenta se explicar mais não consegue;
É assim que se acha o caminho, talvez, se perdendo, não quando se traça sem perder, mas quando se perde e tem que voltar. Veja o sol e lembre que olhei para ti.
Álisson Lopes
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