Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Um tempinho para falar de poesia

Meu amigo WB sabe que não nasci com o dom de entesourar, mas nasci metido a besta a declamar as coisas da vida. Tudo me interessa Doutor da nobre ciência de endireitar o homem, me interessa o trago, a cachaça, a política, a religião, as grandes paixões e o amor, até os que doem de lembrar. Faz-me ser gente, ver e respirar a compaixão, o sacrifício e a contrição. Hoje compreendo a lição de um amigo de amizade efêmera, daqueles que passam rapidinho mesmo só para ti dar um supetão na sua vida, que sempre dizia que: “morrer jovem é a pior morte”. Aos que morrem cedo, ainda acho que por mais intenso que tenham gozado a vida, é uma gozada precoce. Amigo, pretendo ter vida eterna, ir e vir em muitas reuniões do partido, aquele que já não é o que deveria, mas vou mesmo não sendo convidado e provoco os politiqueiros de carreira, escuto a replica indignada do cabra e peço treplica para falar por último, é minha estratégia do não carreirismo. Mas devo lhe confessar que temo o esvaziamento da poesia, pois acredito o que estágio mais avançado do homo sapiens é o ser poeta, o revolucionário poeta, o subversivo, aquele canhoto no acostamento da lógica, o contraponto do que é obvio e sem condimento. A humanidade esteta dos novos tempos não congraça com Castro Alves, Vinicius de Moraes e nem se interessa em ensimesmar-se. Da para acreditar? Sem poesia a cachaça só da ressaca, a amizade é burocrática e a história é um circulo, espera aí, questão de ordem, amigo acredite em mim, a história não se repete, é porque, alguns equivocados ficam repetindo essa ladainha, mas aí vem o poeta e põe o império no chão de joelhos. O poeta é o improvável, tá fora da equação, não foi convidado e nem quer, sobe no caixote, faz de tribuna e explode para o mundo a filosofia de refazer a filosofia do mundo. Um grande abraço, Álisson Lopes

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