Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Votos para 2014

Ainda escreverei sobre este tema dentro da formatação acadêmica, porém isso é para depois, hoje pretendo externar de forma livre algumas percepções. Eu sei que tem sido recorrente no que venho escrevendo as manifestações de junho, mas é porque acredito que a maior bandeira, a que mais explodiu nas ruas, foi à crise de representatividade, ou seja, o executivo de todas as esferas, o congresso nacional, o legislativo estadual e as câmaras municipais não representam o povo satisfatoriamente, ou de jeito nenhum, infelizmente é senso comum. Portanto a vitória, o legado de 2013 para 2014 no campo social foi os milhões de brasileiros nas ruas, isso nobre leitor não tem memória fraca que se esqueça, principalmente a véspera de um processo eleitoral. Contudo, o que desejo socializar, é que eu, buscando ser representado politicamente, participei de debates no sindicato da minha categoria, pois acredito na luta de classes, filiei-me a um partido que até então sempre confiei meus votos, enfim, tentei participar, deixar de ser um marginal, efetivamente debater e construir. Mas as hierarquias absolutistas, nada esclarecidas e esclarecedoras, me apartam de debates mais profundos, leitor, não quero mais receber candidato tipo “fast food”, “nós” decidimos votar em beltrano federal, ciclano distrital, e tais majoritários. Quero saber por quê? Será um legitimo representante do povo? Individualmente faço essa análise, mas preciso do convencimento coletivo para abrir mão da minha escolha pessoal em prol de uma tendência. Quando me posiciono como crítico do capitalismo, me obrigo a fazer uma leitura profunda de liberais, de socialistas, do marxismo, inevitavelmente, o marxismo contemporâneo, isso leva tempo e requer tantas leituras como pré-requisitos para um entendimento maior, marxismo não é religião, não tem revelação, se não ler não tem como saber. Quando escolho candidatos, tenho que submeter ao mesmo processo de conhecimento. Mas todos que estão em luta, nas ruas pedindo transparência e representatividade nos governos, nos sindicatos, no campo, organizados pelo MST e outros, podem não entender o que é socialismo, tampouco marxismo, ou até outros “ismos”, mas compreendem na carne quem é opressor e quem é oprimido, e também são críticos naturais do modo de produção capitalista. Eu, humildemente, sem demagogia, junto do povo, do povão que sou membro efetivo desde o meu nascimento, espero que em 2014 possamos eleger, quem sabe reeleger quem represente o povo verdadeiramente. É, coletivamente, o que mais desejo. Álisson Lopes

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