Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

domingo, 15 de dezembro de 2013

SEM TERGIVERSAR

Vendo algumas entrevistas de Prestes em 1988, antes da eleição presidencial que se aproximava, tínhamos Collor, Roberto Freire, Brizola, Lula e outros tantos. A lucidez do “Velho” era invejável, na época, pelo menos no primeiro turno votou no Brizola, mas ainda sim, queixava-se de divergências entre os dois. Segundo Prestes, Brizola e também o então candidato Lula tinham que ler a teoria do proletariado concebida no marxismo com profundidade. Aos noventa anos, ainda convicto, politizado e preparado. Hoje com tantas distorções, corrupções e alienações, não vejo tantas convicções como a do velho comunista. As minhas próprias convicções pesam nas minhas várias autocríticas. Porém seria uma incoerência minha não reconhecer a militância que também participou das manifestações de junho ou então o trabalho de educadores populares de absoluta vanguarda na educação do povo e na atuação do MST. Quando estes forem maioria teremos uma revolução nos conceitos sociais, uma revolução fundamentalmente política no que tange a participação popular e assim teremos uma reviravolta na economia. Todavia, mesmo sem uma revolução, as transformações progressistas estão acontecendo e não irão parar por mais que a reação, o conservador, torça o nariz. Para Prestes, que sempre negou qualquer dom premonitório, o capitalismo, o modo de produção capitalista levaria a inevitável construção do socialismo. Eu sei que tal concepção possibilita margem para um amplo debate, mas aos noventa anos aquele comunista convicto com brilhos nos olhos de um menino afirmou acreditar na força do povo e demonstrou que era um otimista depois de uma vida inteira de perseguições, vendo tamanha grandeza me emocionei. Sua força, a energia de uma vida, mesmo que a luta por uma sociedade justa leve séculos também me fez um otimista. Afirmo sem temor, sem tergiversar, que acredito em revoluções, em levantes em nome da paz e do amor. Abraço fraterno, Álisson Lopes

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