Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Nelson Mandela para sempre

Talvez para o cidadão criado numa massificadora educação neoliberal, não veja, não acredite na postura, na coerência e na perseverança de Mandela, mesmo encarcerado por 27 anos em celas na África do Sul, fez-se libertado enquanto preso, do apartheid, e quando seu corpo, sua matéria, finalmente livre instaurou uma política de não violência, sem vingança. Somente seres de extrema grandeza e humildade tem tal escolha. Na obra de Walter Benjamin, “O capitalismo como religião”, denota o culto ao capital, seu ritual e simbologia. Um indivíduo “formatado” numa concepção meramente capitalista, se “coisifica” como já alertava Marx, se torna mercadoria como já denunciava Gramshi e vê as demais coisas e pessoas como negócio. O italiano comunista Gramshi, um século atrás comparava à mitologia da figura do rei Midas com a do capitalista que em sua ambição desmedida, é amaldiçoado a transmutar tudo que toca em ouro, até a própria família, que se torna mera mercadoria. É assim que vejo a política neoliberal, uma genial bestialidade, estabelecida aos tempos contemporâneos, preparada para transformar carne, sangue e suor em lucro para alguns e cegueira para outros. A política do culto ao capital varre o mundo compactuando com genocídio de indígenas, aborígenes, trabalhadores, antropofagia cultural e étnica, massificação do pensamento e a morte do espírito da mudança, o assassinato covarde, torpe e qualificado da esperança. Nada que digo é novidade, ouso a socializar as palavras de Karl Marx, Antonio Gramschi, Walter Benjamin e de Nelson Mandela. Como Zumbi, Mandela se torna um orixá. Álisson Lopes

Nenhum comentário:

Postar um comentário