Capoeira é história

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domingo, 10 de novembro de 2013

Não se pode abraçar o mundo: Repelão e ruptura

Tantas pessoas bradam na rua por justiça, tantos jovens, clamam que a justiça só é justa no tempo certo, mostram a crise de representatividade que transbordou e transborda nas ruas. O povo, todos denunciam o conúbio dos falsos representantes, pestes, que em seu nome assolam qualquer idealismo, decomposição política. Os ignóbeis deputados numa voz cinicamente tranquila te indagam: “Povo que tu queres?”- eles próprios alijando o povo respondem; “cerveja gelada e promessa, nomeação e churrasco, emenda parlamentar e feijoada, tudo por conta da fartura do balcão, quero dizer gabinete”. Então o repelão é a trombada dos que estão de ventas ardendo do mau cheiro da governança do Brasil, de todos os tempos, da chacina histórica da honestidade e, sim do conservadorismo, dos partidos que azedam às plenárias do congresso transnacional, já foi privatizado. Ruptura é a posição de ter que começar do zero, pois os demais números estão sobre investigação. Todavia penso na democracia, essa jovem no Brasil, tantas vezes encarcerada, que poucos conhecem sua face, nunca vista em sua inteireza, temo pela sua existência, tantas vezes alvejada, abafada pelo fartum das negociatas. Não se pode abraçar o mundo, é grande demais camará, contudo pode sim, ser solidário, caridoso, politizado. Ninguém se faz sozinho, é preciso atentar, às pessoas que romperam com o social estigma da pobreza tem sem dúvida mérito, porém nos tempos idos, ilustres pessoas se sacrificaram para ter escolas para todos, votos para os pobres, voto feminino, abolição da escravidão, implantação da república. É injusto pensar que todas as lideranças são farsistas, não vamos injuriar a todos. Não podemos também tartamudear na hora de vindicar o que é nosso. Para alguns o zero é sem valor, mas para outros é o começo de todas as medidas, basta lembrar da fraca democracia brasileira, ela deve ser respeitada, louvada, ressurgida como uma fênix da tenebrosa ditadura militar, ela que antes apareceu tímida, parecia que nunca era convidada, essa linda jovem, refeita, deve ser zelada, protegida, garantida. Enquanto ao zero, é a medida certa para começar, o princípio. Nessa atual conjuntura, começo de novo, do começo, do zero.

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