Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Morte e Vida em 20 de novembro de 1695

A inatividade eletroencefalográfica é uma das definições do dicionário Aurélio para morte, mansuetude para alguns e medo para outros. Para muitos homens e mulheres é a libertação da miséria para outros tantos é o fim da riqueza. Mas para Zumbi garantiu sua eternidade. As religiões judaico-cristãs acreditam na vida eterna, o espiritismo kardecista vislumbra além da vida eterna a reencarnação. Existem milhares de religiões que ensinam que a vida não cessa quando se alcança a morte, dizem, acreditam no transcendental, no além, que é algo que as ciências naturais discordam, não somente as ciências, mas também os materialistas históricos que vivem o aqui e agora, a luta de classes, sem carma ou pecado original, sem salvação posterior ao fim da existência terrena. Contudo parece sem propósito debater ou refletir sobre a morte, se é a vida que mais intriga, principalmente quando o pulsar de vida nos tenta a pensar na eternidade, quando estamos no auge de nossas forças esquecemos que somos mortais. Aliás, vamos falar de vida mesmo, vida que nos oferece gosto e cheiro, queima e acalenta, faz amadurecer e realmente a memória dos vivos nos tornam imortais. O almirante negro João Cândido fez-se eterno, segundo ele próprio, graças aos seus mais de 80 descendentes seu legado se perpetuará. Já o mestre de capoeira de angola João pequeno jactava-se de sua vida eterna garantida enquanto houver uma roda de capoeira. Enquanto existir rebeldia e luta pela justiça estarão vivos, Zapata, Sandino, Símon Bolivar, José Marti, Salvador Allende, Lamarca, Marigrella, Luís Carlos Prestes, Che e a tão almejada liberdade. Onde se manifestar o amor, Jesus Cristo o maior revolucionário de todos estará entre nós. A paz com Buda, com Alá, com Oxalá está entre nós graças à luta dos que creem na tolerância e na humanidade. Ao passo que Paulo Freire, Violeta Parra, Mercedes Sosa, estão vivos juntos com os sonhos de libertação dos oprimidos, dos que pensam e agem em busca da vida simples e livre. Então enquanto existir negritude Zumbi estará vivo com brilho nos olhos e vontade de leão, com batuques ancestrais e orgulho da cor. Enquanto eu estiver vivo todos estarão comigo, em minhas lembranças, em minha memória. Álisson Lopes

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