Capoeira é história

Capoeira é história
capoeira é história de libertação

domingo, 15 de julho de 2012

Jogando capoeira no mar

Jogando capoeira no mar
      Pedi licença a Dona Janaina e me joguei a contemplar o mar, vislumbrar sua grandeza. Entrei no mar esverdeado da praia de Ponta Verde e fui tomado por suas águas tranquilas deixando meu corpo quase todo submerso. Com os olhos fechados sentindo a brisa marítima e o sol suave de uma manhã, entrei num jogo com o mar, com o seu ritmo e sua paz. Na verdade experimentava flutuar num jogo muito parecido com a capoeragem ancestral, simplicidade, espiritualidade, leveza e suavidade. Perguntas e respostas, lembranças ruins levadas pelas ondas suaves do mar de Maceió, lagoeiro à beira-mar.  
     Jogando capoeira no mar com Dona Janaina, Jogando capoeira com Iemanjá, uma mão tira outra da, o bem é transcendente. O mar, a maré alta, a maré baixa, a natureza perfeita, o gingado, o som, o sol, o sal. Joguei capoeira com o mar, joguei com Dona Janaina sedutora rainha do oceano. Os meus ancestrais de tribo que covardemente foram lançados acorrentados e feridos encontraram a paz nas águas salgadas do Atlântico, as mesmas que me banham hoje. Joguei capoeira no mar, joguei capoeira com o mar, joguei capoeira com Iemanjá.
                                                  Állisson Rafael, Metafísico

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